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Para consumir: marcas com serviços sustentáveis para ficar por dentro

Você sabe como suas lojas favoritas ajudam o meio ambiente? Conheça os serviços sustentáveis das varejistas de moda

Por Nathalie Páiva
Atualizado em 22 abr 2024, 20h21 - Publicado em 22 jun 2022, 08h11

O que de primeira atrai muita gente ao ver uma roupa é se está entre as tendências do momento e se é bonita. Uma das últimas coisas a ser levada em conta é o serviço sustentável que a peça junto com a marca presta – no entanto, isso é cada vez mais importante em um mundo que já produz mais lixo do que é capaz de comportar e, claro, consome mais do que o planeta pode produzir. Pensando em consumo consciente, CLAUDIA abordou algumas das principais varejistas de moda para saber o serviço sustentável que cada uma delas prestam.

Veja também: 5 marcas nacionais dirigidas por mulheres que você precisa conhecer

Renner e Youcom 

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Uma marca voltada para o segmento mais experiente e outra para um mais jovem, mas juntas em prol do mesmo objetivo de uma moda mais sustentável. De acordo com a Renner e Youcom, parte dos jeans comercializados são 100% rastreáveis usando a tecnologia blockchain. Esse tipo de tecnologia permite o acompanhamento de todo o ciclo de produção da peça que consumidor está adquirindo, desde o cultivo do algodão até à fabricação de fato.

Toda análise é feita por meio de um QR code, impresso na etiqueta da peça adquirida. Os jeans são feitos em parceria com a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtos de algodão) por meio do programa SouBR (Sou de Algodão Brasileiro Responsável) que rastreia fazendas certificadas, onde a matéria-prima é produzida, até a entrega do produto final ao consumidor.

Após a saída da fazenda, o material vai para Vicunha Têxtil, onde passa pela fiação e tecelagem, e para Ease Confecções, onde é feita a fabricação final dos produtos.

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A Renner utiliza algodão e viscose em suas coleções e hoje conta com 80% do vestuário composto por peças mais sustentáveis. Até 2030 a marca pretende alcançar 100% de rastreabilidade dos produtos de algodão, além de passar a tecnologia também para mais matérias-primas têxteis.

Na parte de logística reversa, a marca conta com duas ações. A primeira é o programa EcoEstilo, que permite aos clientes descartar embalagens e frascos de cosméticos e roupas em uma das 330 lojas que possuem postos de coleta, dando um destino correto para todos os itens. E tem funcionado: já foram recolhidas 198 toneladas de embalagens de beleza e 10 toneladas de roupas usadas.

A segunda ação é a Sacola do Bem onde os clientes podem enviar para a plataforma de revenda online as peças que estão paradas em seu guarda-roupa para que sejam revendidas. A varejista disponibiliza também um coletor em suas lojas circulares, onde é possível não apenas retirar roupas, mas também entregá-las para revenda. Há dois postos físicos também no interior de São Paulo, Campinas e Belo Horizonte.

Amaro 

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A Amaro divulgou o lançamento de uma coleção de camisetas feitas em malha com 50% PET reciclado e 50% algodão, em parceria com a Plastic Bank, empresa que tem entre suas missões parar o plástico nos oceanos. A iniciativa tirará 163.600 garrafas plásticas do meio-ambiente. A Plastic Bank capacita guardiões do oceano e opera, no Brasil, desde 2019, coletando mais de 128 milhões de garrafas plásticas e envolvendo mais de 4.000 membros em comunidades.

A coleção de camisetas faz parte do portfólio sustentável de moda da marca que já conta com linha fitness produzida com fibra biodegradável, óculos de acetato sustentável e jeans com produção otimizada, que economiza 100 mil litros de água por ano, substituindo métodos de lavagem por máquinas à laser.

Desde 2018, a Amaro também introduziu entregas por bike delivery em São Paulo, uma alternativa menos poluente e que beneficia o trânsito. Até 2020, essa iniciativa impediu a emissão de 4,8 toneladas de CO2 na atmosfera e agora, em 2022, aumenta de 8% para 18% a representatividade da modalidade na cidade.

Veículos 100% elétricos, os TukTuks apresentam maior capacidade para transportar pedidos: em sua máxima efetividade, viabilizam um número 15 vezes maior de entregas quando comparado a motos e bicicletas.

Segundo estimativas realizadas pela Green Solution, consultoria da varejista para assuntos de ESG (Meio-ambiente, social e governança), com a operacionalização da nova modalidade, as emissões de CO2 serão reduzidas em 84% em relação às entregas convencionais realizadas de moto.

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IDA 

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Desde seu início, em 2019, a IDA tem entre os seus pilares a responsabilidade ambiental e social. A curadoria pensa desde a escolha da matéria-prima das peças até o trabalho com fornecedores de impacto social. Escolhas são feitas com o auxílio do Instituto Ecotece, que busca mostrar para a marca fornecedores e práticas de moda ética para sua cadeia de produção. Em 2021, o balanço deste trabalho conjunto foi de nove grupos, impactando 65 empreendedores. Isso resultou na produção de 2.122 roupas, gerando cerca de 45 mil reais em renda para empreendedores vulneráveis.

As REbags, as bolsas sustentáveis da marca, são integralmente produzidas a partir da parceria com o Ecotece, assim como algumas peças de malharia com inserção de técnicas artesanais. Um exemplo é a blusa Julia, com mangas feitas em crochê manual com o uso de fios 100% algodão e realizada por 19 pessoas participantes de três grupos – Família Dias, Amesol Crochê e Oficina dos Anjos. O cuidado se destaca: o tempo de produção dos pontos artesanais permitia a finalização de duas peças por dia, e foram produzidos 100 itens deste modelo no total.

Durante os dois anos de parceria, IDA e Ecotece já trabalharam com 10 diferentes pequenos grupos produtivos vulneráveis, com o uso de técnicas como corte e costura de malharia, costura de acessórios, serigrafia, crochê e bordado manuais.

Outra iniciativa apoiada pela marca é a Semana do Lixo Zero, criada pelo Instituto Lixo Zero. Nela, 100 cidades brasileiras participam de uma conversa sobre boas práticas para redução do descarte de resíduos.

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No mês de outubro a marca também busca motivar seus consumidores a retornar as embalagens de papel presencialmente ou nas vendas online por meio da campanha Reciclos. O cliente ganha 5% de desconto na próxima compra ao participar da ação. Ao final, quem o coletivo de catadores Kombosa Seletiva, que são parceiros desde do começo do projeto, destinam corretamente os materiais coletados.

Levi’s

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Em fevereiro deste ano, a Levi’s adicionou em sua coleção um modelo repaginado e sustentável da calça jeans 501 Original da marca, com tecido de algodão orgânico – material que já é amplamente utilizado pela marca – com o denim reciclado em fibras.

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A junção dessas duas matérias-primas resulta no tecido circulose, inovação vinda da empresa têxil sueca Renewcell. A empresa compra peças de roupa e produção têxtil descartadas que contenham uma grande proporção de algodão e viscose, que são matérias-primas com base em celulose. Uma máquina remove aviamentos e outros detalhes, além de separar todo o material não-celulósico, e, em seguida, tritura e dissolve quimicamente os tecidos.

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O modelo masculino recebeu novos detalhes e foi produzido com algodão orgânico e fibras sustentáveis, com silhueta nostálgica dos anos 1970. Já o feminino faz referência ao estilo dos anos 1990, com cintura média e volume na parte superior para um efeito baggy, resultado de um garimpo de brechó feito pela marca com uma reformulação mais atual.

C&A                 

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A C&A está cada dia mais alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), com foco, principalmente em Igualdade de gênero, água limpa, trabalho humanizado, crescimento econômico, consumo e produção responsáveis e ação contra a mudança global do clima.

Outro compromisso da marca é democratizar o acesso a uma moda com princípios de sustentabilidade no Brasil, comercializando peças produzidas de forma mais sustentável a preços acessíveis. Por isso, a maioria das coleções contém ao menos um atributo de sustentabilidade. Atualmente, a varejista atua com mais de 90% de algodão mais sustentável nas peças e utiliza tecnologias para a redução significativa no uso de água em determinados processos, sempre com responsabilidade social e promoção de condições de trabalho justas e seguras na rede de fornecimento.

A companhia investe também na reciclagem de roupas e se preocupa com outras formas de logística reversa. O descarte correto de roupas acontece desde 2017 com o movimento ReCiclo, que aceita roupas de qualquer marca para reaproveitamento em mais de 190 lojas da C&A espalhadas em todo Brasil.

As peças em boas condições são doadas a instituições parceiras e as que precisam ser de fato descartadas são encaminhadas para reciclagem, sendo transformadas em novos materiais. Em 2021, foram arrecadados mais de 33 mil itens, quase 7 toneladas. Aproximadamente 18 mil peças em boas condições foram encaminhadas para reuso, cerca de 12 mil enviadas à reciclagem e 3500 para upcycling. Desde o lançamento do projeto, mais de 165 mil peças foram arrecadadas e corretamente destinadas, o equivalente a 40 toneladas.

A marca também recolhe lixo eletrônico desde 2010, como celulares, pilhas e baterias, que são destinados para empresa parceira, onde acontece um descarte ambientalmente correto. Em 2021, 70 mil itens tiveram um descarte correto, o equivalente a quase 4 toneladas. Desde o início do programa já foi evitado o descarte incorreto de mais de 700 mil resíduos, quase 39 toneladas.

Os resíduos de informática utilizados pela marca também recebem uma destinação correta.  O que está muito avariado, segue para reciclagem. Já o que ainda pode ser reparado é encaminhado à empresa ReUrbi, que remanufatura e recondiciona os materiais e monta kits, que, conforme o que a marca orienta, são doados a instituições escolhidas em conjunto com o Instituo C&A.

Desde 2013, é realizada a logística reversa dos cabides nos centros de distribuição da marca. Nesse processo, aqueles que estão em condições de uso são separados e reenviados às lojas em caixas de papelão reaproveitadas dos produtos importados, que antes eram descartadas. Os cabides quebrados ou sucateados e enviados para a reciclagem ou recuperação.

Com relação aos cosméticos, é disponibilizado uma urna no departamento de beleza das lojas da C&A para que os clientes possam descartar embalagens vazias ou produtos vencidos de quaisquer marcas. O conteúdo dessas urnas é o destinado de forma ambientalmente correta por meio de um parceiro especializado.

Marisa

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Em 2021, a Marisa iniciou uma parceria com a Organização Não Governamental (ONG) Gerando Falcões, um ecossistema de desenvolvimento social em que são disponibilizados coletores de peças usadas em algumas das lojas físicas da marca para doação. A ação ainda está acontecendo e os consumidores que doarem roupas e acessórios usados em bom estado ganham 15% de desconto em compras. Além disso, a cada 10 peças doadas, é ofertada mais uma para estimular ainda mais a moda circular.

Os itens doados são comercializados no bazar-escola da Gerando Falcões, um negócio que dá acesso a bens de consumo para população de baixa renda, com valores até 70% mais baratos quando comparados aos praticados no mercado. Todo o resultado das vendas está sendo investido em programas de transformação nas periferias e favelas.

A varejista também realiza programas de gestão de resíduos com os fornecedores, que são auditados conforme checklist da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), além de auditorias internas do time da companhia de conformidade. 71% dos fornecedores da marca já possuem este programa de gestão de resíduos, 60% fazem a destinação correta dos resíduos gerados na cadeia, 24% cumprem a legislação de logística reversa de 2010 e 37% reutilizam os resíduos/matérias recicladas. Um dos principais objetivos da marca é contribuir com diferentes ações que diminuam o impacto ambiental e fortaleçam a sustentabilidade na companhia.

Assim como outras varejistas, a Marisa também ingressou no Pacto Global da ONU Brasil.  A iniciativa da ONU foi fundada para mobilizar a comunidade empresarial na adoção e promoção, em suas práticas de negócios, de dez princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Agora, como membro da rede, ela reforça o seu compromisso no apoio e incentivo às causas que impactam as mulheres, além de contribuir para o desenvolvimento de um mundo mais sustentável.

Ela também participa da ModaComVerso, um movimento liderado pela ABVTEX que reúne varejistas e fornecedores comprometidos com as boas práticas trabalhistas e com um olhar crítico e combativo em relação ao trabalho análogo ao escravo, infantil e uso de estrangeiro irregular, em todos os elos da cadeia de valor da moda.

A Marisa também tem parceria com o Instituto Ethos, entidade que ajuda no processo de diagnóstico, planejamento e gestão de responsabilidade social da companhia. A marca e o instituto trabalham juntos em quatro diferentes frentes: gestão sustentável, direitos humanos, integridade e meio ambiente.

A marca vem recebendo anualmente o Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC), selo que comprova que a energia consumida é proveniente de fonte renovável. Ao fim de 2021, 61% de todo o consumo corporativo de energia foi sustentável e a meta é que chegue a 75% até 2023.

Havaianas

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A Havaianas, participa do programa reCiclos desde 2020, quando foi lançado aqui no Brasil. Toda a rota logística do programa foi estruturada para ser carbono zero, através de coletas de bicicleta em algumas lojas e da compensação do carbono emitido pelos outros modais, como carro e caminhão, por meio do plantio e da preservação de árvores na Amazônia.

Todo o volume de sandálias coletado nas urnas é encaminhado para cooperativas, que fazem a triagem dos produtos e os encaminham para a reciclagem, para serem transformados em outros produtos. Uma cadeia de parceiros se encarrega de transformar as sandálias em tapetes de borracha, tatames e pneus maciços utilizados em carrinhos de mão.

Quando falamos de chinelos, por exemplo, a marca garante que cerca de 40% da sola dos modelos Havaianas Top, Tradi e Slim seja feita de resíduos de produção. Além disso, a varejista tem uma parceria de 10 anos com o Instituto IPÊ e com a Conservação Internacional, com linhas de produtos que revertem 7% das vendas dos produtos para essas instituições.

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