Aluf prova que moda é sinônimo de aconchego na SPFW N53
Com a nova coleção de inverno chamada Acalento marca mostra como esse sentimento pode te abraçar através “dos objetos de vestir”
No auge da pandemia da Covid-19, queríamos ser envolvidos pelo sentimento de acalento, uma necessidade crescente em meio ao medo e perdas que se fizeram presentes por quase dois anos. Pensando nesta etapa que todos nós ainda enfrentamos e no contexto histórico deste sentimento, a Aluf apresentou nesta sexta-feira (03), no São Paulo Fashion Week, a coleção Acalento.
Além desses últimos períodos de pandemia, a coleção também teve como referência a era vitoriana especificamente nas igrejas. Oratórios da época foram cruciais para a construção das blusas e camisas. O sentimento que os locais religiosos causam de recolhimento, acolhimento e fé, que nos move em momentos de dor, também se fazem presentes.
Ana Luisa Fernandes é quem assina as peças. Ela descreve o processo criativo como uma terapia e conta que o mesmo carrega um pouco das vivências, sentimentos e emoções de todos que trabalharam para a coleção acontecer. Mais do que roupas, ela as define como “objetos de vestir”.
Podemos observar babados, frufrus, além das cores preto, roxo, carmesim e púrpura da era vitoriana. Também vemos o azul representando a luz que entra na cúpula da igreja, e vermelho, que faz alusão ao calor do abraço que é capaz de aquecer os nossos corações.
Na composição das peças encontramos lã natural, matelassê em algodão, tricô, PET e cetim de viscose. A lã vem de pequenos produtores de Campos do Jordão. Tanto a matelassê em algodão quanto a PET são recicladas pela família Dengo e estão presentes nos casacos, shorts e macaquinhos.
Toda coleção contém uma modelagem transpassada, o que, para Ana, representa a ideia de que o tecido estaria abraçando o corpo de quem veste, desejando o abraço de uma pessoa amada.
No make, a beleza natural foi preservada com uma pele levemente iluminada.