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Primeira vez ao volante de um elétrico: minha experiência com o BYD Dolphin

Modelo da montadora chinesa figura como o veículo com melhor eficiência energética do mercado brasileiro, segundo o Inmetro. Vale a pena o investimento?

Por Marina Marques SEGUIR SEGUINDO
17 jul 2025, 08h00 • Atualizado em 17 jul 2025, 11h31

Confesso: até semana retrasada eu nunca tinha dirigido um carro elétrico. Na verdade, sempre achei que esses modelos fossem complicados demais para quem está acostumada a abastecer com gasolina no posto e seguir a vida. Mas isso até ter a oportunidade de guiar o BYD Dolphin EV.

Logo de cara, o design me ganhou. É um carro de visual moderno, com linhas suaves e detalhes que realmente remetem à proposta “Ocean” da marca — inspirada nos animais marinhos e ondas do mar. No Brasil, ele chega em três cores bem diferentes: Grey (cinza), Afterglow Pink (um rosa clarinho) e um amarelo bastante elegante (intitulado Cheese Yellow). Se a ideia é se destacar, o Dolphin faz isso com naturalidade.

Como é dirigir o Dolphin?

A palavra que define a experiência é leveza. É impressionante como o modelo é silencioso e suave. Para encarar o trânsito de São Paulo, ter um carro que desliza sem trancos é quase um luxo. A direção é macia, os comandos são intuitivos e a cabine é muito confortável, com espaço bastante razoável para quem vai atrás. Ele parece maior por dentro do que por fora, graças ao assoalho plano e ao bom aproveitamento do espaço.

Outro detalhe que me encantou foi a tela multimídia de 12,8 polegadas, gigante e giratória (pode ficar na vertical ou horizontal). Ela deixa tudo mais fácil: GPS, aplicativos, música. Além disso, dá para conectar Apple CarPlay e Android Auto. Foi bastante confortável estar na posição de motorista tendo a facilidade de visualizar o caminho indicado pelo Waze através da tela de tamanho generoso.

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Depois, provando o espaço como passageira à frente, o painel também entregou conforto: os comandos ficam numa altura agradável para interagir com a tela, mudar a temperatura do ar-condicionado e também acessar o botão de volume, que é giratório e bastante prático. Destaque também para o comando de voz, com ele os passageiros podem solicitar ações ao dizer “Hi BYD” e pedir para aumentar o som, o ar-condicionado ou até guiar o caminho para casa.

E a autonomia?

Com a bateria carregada, o BYD Dolphin EV roda até 291 km – ótimo para quem vai usar no dia a dia. De acordo com o Inmetro, o modelo é o carro mais eficiente do Brasil: gasta muito menos energia por quilômetro do que qualquer outro elétrico.

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Agora, um ponto importante: sim, ele é 100% elétrico. Isso significa que você precisa se adaptar à tecnologia. Ao testá-lo, eu precisei entender como seria a rotina de carregar o carro. Em casa, o ideal é instalar um carregador (o que significa um investimento extra), mas dá para usar uma tomada comum. Só que, claro, isso leva mais tempo. A boa notícia é que sua bateria pode ser recarregada de forma simples: com um adaptador é possível usar até uma tomada comum de 127 ou 220V.

A solução mais prática é usar os carregadores rápidos em shoppings e postos: em cerca de 25 minutos ele vai de 20% a 80% de carga. A própria BYD tem um aplicativo que mostra onde ficam esses pontos de recarga, o que ajuda muito a planejar o dia.

Vale a pena?

O Dolphin sai hoje pelo valor de R$ 149.990 – não está entre os veículos de menor preço disponíveis, mas para um carro com tanta tecnologia e que não precisa de gasolina (o que, a longo prazo, significa economia), pode fazer sentido para quem quer entrar no mundo dos elétricos com um modelo acessível dentro da categoria.

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Para quem procura uma opção mais em conta, o BYD Dolphin Mini pode ser uma boa pedida e é, inclusive, o favorito dos brasileiros entre os carros elétricos. O modelo mais compacto emplacou 13.222 unidades entre janeiro e junho de 2025. O modelo de entrada sai por R$ 119.990,00.

Aliás, o sucesso de vendas fez com que a BYD ocupasse a quarta colocação geral entre os carros mais vendidos. De acordo com o ranking de vendas de varejo de maio de 2025, a marca chinesa ultrapassou montadoras tradicionais como Toyota, Honda e Hyundai. Ao todo, foram 9.006 unidades emplacadas no mês, representando 9,7% de participação no segmento de vendas a consumidores finais.

Se você, como eu, nunca dirigiu um carro elétrico e morre de curiosidade, o BYD Dolphin é uma ótima porta de entrada.

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