Weinstein Company pagará US$17 milhões a vítimas do produtor
São 37 mulheres que acusaram o produtor Harvey Weinstein de abuso e assédio sexual que deverão receber o pagamento
Uma juíza de falências americanas aprovou o pagamento de US$17 milhões por parte da produtora Weinstein Company a 37 mulheres, que acusaram o produtor de cinema Harvey Weinstein de abuso sexual e assédio.
Harvey Weinstein, 68 anos, foi condenado a 23 anos de prisão no ano passado, após julgamento realizado em fevereiro, por ser considerado culpado de crimes sexuais em primeiro grau e estupro em terceiro grau. Os diversos relatos de mulheres agredidas sexualmente por Weinstein ficaram inspiraram o movimento #MeToo e culminaram com a queda do todo-poderoso produtor de clássicos do cinema como “Pulp Fiction” e “Shakespeare Apaixonado”.
Weinstein chegou a ser acusado por famosas atrizes como Angelina Jolie e Salma Hayek. Relembre o julgamento do caso aqui. Antes da sua derrocada, Weinstein chegou a ter uma fortuna estimada de 240 milhões de dólares, dinheiro esse que foi sendo drenado pelos escândalos.
O pagamento de US$ 17 milhões faz parte do plano de liquidação da produtora, que declarou falência em 2018, após receber uma grande quantidade de ações judiciais. O plano em questão foi aprovado nesta segunda-feira (25) pela juíza Mary Walrath.
A magistrada rejeitou as objeções de oito supostas vítimas de Harvey que não integraram o acordo por considerá-lo insuficiente e por impedir o prosseguimento de outras ações judiciais contra o produtor.
Com relação às outras 37 vítimas que aceitaram o acordo, aquelas que prometerem não abrir iniciar novos processos contra o produtor receberão o valor total acordado. Já as vítimas que fizerem novas queixas e abrirem novas ações, receberão apenas um quarto do valor.
Weinstein, que é co-fundador dos estúdios Miramax, ainda aguarda outro julgamento em Los Angeles (LA) por estupro e abuso sexual contra cinco mulheres. Se condenado, pode pegar até 140 anos de prisão.
O produtor nega ter cometido qualquer crime e, em defesa, garante que todas as relações sexuais foram consensuais.