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‘Todo dia tem algo singular’, diz Débora Nascimento sobre a maternidade

Atriz vive uma espécie de mãe natureza nos cinemas e na vida real encara o papel de mãe de Bella Loreto

Por Danielly Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 jul 2018, 15h43

A atriz Débora Nascimento, 33 anos, está no elenco de “Além do Homem”, filme dirigido por Willy Biondani e protagonizado por Sérgio Guizé. Débora interpreta Bethânia, uma espécie de mãe natureza, que guia o escritor brasileiro Alberto Luppo (Sergio Guizé) no caminho para encontrar suas raízes e a beleza de sua própria identidade. A atriz, que deu à luz recentemente a uma menina, fruto do relacionamento com a ator José Loreto, conversou com CLAUDIA sobre o filme e dividiu um pouco das experiências dessa nova fase de sua vida.

CLAUDIA: Quais foram as referências para criar essa personagem tão ligada à terra e à natureza brasileira?

Fui buscar inspiração em deusas ligadas à terra, Orixás, divindades femininas que tinham a ver com a natureza. Foi muito um processo de dentro para fora, eu entrei em contato com as minhas próprias deusas, com as minhas divindades femininas, com a minha ancestralidade. As mulheres da minha família, minhas avós, minhas bisavós, uma era índia, a outra italiana, a outra portuguesa. Esse nosso brasil é essa mistura, então foi uma imersão interna e muito profunda pra eu encontrar esse lugar e viver essa personagem. Confesso que foi um desafio enorme para mim.

CLAUDIA: E o que você aprendeu com a personagem?

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Eu aprendi com o processo todo do filme a importância de entrar em contato com as minhas raízes. Essa feminilidade, essa nossa terra é uma mãe natureza da fertilidade. Eu me senti muito mais própria da minha terra, própria da minha feminilidade, própria da minha brasilidade e própria de falar ‘aqui é meu lugar’. Eu nasci aqui, eu sou um fruto de toda a mistura dessa terra.

CLAUDIA: Você acha que existe uma tendência do brasileiro querer esconder suas raízes e preferir o que vem de fora?

Eu acho que o acontece, ainda mais agora que teve uma debandada de brasileiros para o exterior, porque a situação atual do nosso país anda muito caótica tanto na saúde, educação, na organização, na logística. Então isso faz com que os brasileiros queriam ir para fora. Eu não julgo essas pessoas que vão para o exterior em busca de um lugar melhor pra viver,  mas isso faz parte de um medo e da falta de esperança. Só que eu sou daquelas pessoas que pensam assim: Se todo brasileiro sair e for atrás de um lugar melhor, o lugar que a gente vive, o lugar que a gente nasceu vai ficar do jeito que está e não vai mudar. Então é preciso que a gente fique e lute para as coisas melhorarem, que a gente exija dos políticos toda uma posição por esse nosso país.

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Maternidade

CLAUDIA: Como está sendo a experiencia de ser mãe?

É uma transformação, não porque você vira outra pessoa. Porque eu sou a mesma Débora que eu era antes de dar a luz, mas é que você descobre outras camadas de você mesma, você entra em contato com outros sentimentos. Abre-se uma portinha, na verdade, arreganha-se um portão (risos), porque é um mundo de novas sensações e experiências completamente diferentes de tudo o que você já viveu e eu estou achando difícil, árduo, mas também maravilhoso. Porque te faz crescer como pessoa, porque você entra em contato com coisas que você nunca entrou antes. E agora que ela já está maiorzinha, já está com dois meses e meio, é uma delícia, porque já reconhece, já sorri,e cada semana é uma descoberta nova.

CLAUDIA: O que essa nova fase trouxe para você como mulher?

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Eu acho que é um ‘plus’, eu não me tornei outra, eu tive um ‘plus’. Agora são duas de mim e eu acho que ela vai ter o meu temperamento, então vão ser duas Déboras no mundo. 

CLAUDIA: Dos momentos que vocês já viveram juntas, tem algum que marcou você?

Tudo, a cada semana tem alguma coisa de diferente. O primeiro sorriso me reconhecendo como mãe é inesquecível. A primeira gargalhada, o primeiro som que ela emitiu também inesquecível. Todo dia tem uma coisa singular que faz o dia ser único.

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CLAUDIA: Você não expõe muito sua filha nas redes sociais, isso é uma preocupação sua?

Eu acredito que ela não tem muita escolha de ser exposta ou não, mas ela escolheu vir para uma família que tem dois pais que são artistas, então de certa forma ela fica um pouco exposta. Mas a gente evita e eu ainda estou me entendendo com essa situação dela ser filha de pais famosos. Porque nós somos muito normais, muito pé no chão. Não é que eu não vou colocar uma foto dela, mas é que eu não vi necessidade ainda disso. Eu acho que tem que ser uma coisa orgânica e natural para a gente. Isso ainda é muito recente, a gente não se vê obrigado a mostrar ela, porque a gente não é obrigado a nada disso. Mas não vou deixar de colocar uma fotinho dela de vez em quando. (Débora Nascimento e José Loreto mostram rosto da filha pela primeira vez)

CLAUDIA: O comportamento das pessoas nas redes é um dos fatores que influenciam essa decisão de preservá-la?

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De certa forma sim, porque as pessoas são muito agressivas e, muitas vezes, os ‘haters’ fazem um desserviço para a humanidade. Acredito que a gente tem que emanar amor e não ódio ou rancor. Você deve tirar o seu tempo para fazer um elogio e não apontar o dedo, xingar ou falar com agressividade em relação a outra pessoa. Eu não quero isso pra minha filha, ela é tão luz e amor.  

CLAUDIA: Como são divididos os cuidados? O Loreto participa?

É tudo dividido. Ele dá banho, troca fralda, eu também troco fralda, quando ele não pode dar banho, eu que dou. Não preciso nem falar, ele é muito presente. Eu acho que pai não tem essa de ajudar, tem que ser presente e tem que ser pai. E ser pai é trocar fralda, dar banho, é ninar quando está chorando, é educar. Se o homem não faz isso, pai é o que? É um título? Não! O José foi espontâneo, não teve nenhuma conversa antes, foi orgânico ele ser presente, desde a barriga. A Bella  já reconhece ele e o Zé tem um jeito todo especial de ninar ela. 

CLAUDIA: Você tem vontade de ter outros filhos?

No momento, eu tenho vontade de ter essa filha que estou tendo. Eu brinco com minhas amigas que a última moda é ser filho único. Eu não penso não, não chego nem a imaginar. Eu estou curtindo tanto esse momento, é tão intenso e requer tanto de mim que eu não me imagino com mais não.

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