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‘Mulheres Alteradas’: Monica Iozzi fala sobre papel de mãe em novo filme

Atriz interpreta uma mãe em crise em filme inspirado na coletânea de tirinhas da cartunista Maitena Burundarena

Por Danielly Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
21 jun 2018, 12h48
 (Ramon Vasconcelos/Rede Globo)
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As bem-humoradas e realistas tirinhas da cartunista Maitena Burundarena divertiram as leitoras de CLAUDIA entre 2003 e 2008, período em que a argentina manteve uma coluna na revista. As reflexões sobre o intrincado universo feminino continuam atuais até hoje. Entre as milhares de fãs que Maitena conquistou está Monica Iozzi. À época, recém-formada em artes cênicas, Monica trabalhava como vendedora em uma livraria no interior paulista. Numa tarde de pouco movimento, ela devorou um dos cinco livros da coletânea.

Agora a atriz integra o elenco da versão de Mulheres Alteradas para o cinema. Sua personagem, Sônia, vive o dilema da mulher casada, mãe de duas crianças, atolada com as tarefas da casa, com muito pouco tempo para si mesma.

“O enredo lembra que a maternidade não pode excluir a sexualidade nem tirar da gente a vontade de se divertir”, afirma Monica. “É difícil equilibrar todos os pratinhos, mas a vida é feita de conflitos”, completa.

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Numa noite, Sônia decide viver outra realidade – a da irmã caçula e solteira, Leandra, interpretada por Maria Casadevall. Deixa os filhos sob os cuidados dela e parte para uma balada com direito a beber e beijar uma mulher. Mas, diferentemente do desfecho das fantasias que tinha em noites insones embalando o bebê, o resultado da noitada não é agradável.

Para desenvolver o papel, Monica colou na irmã mais velha, Aline, mãe de uma menina de 10 anos, de quem a atriz é madrinha, e de um garoto de 5. A convivência intensa no dia a dia com as crianças facilitou o desempenho em cena. “Em alguns momentos, Sônia está fazendo mil coisas ao mesmo tempo sem tirar o olho dos pequenos. Na hora, me veio à cabeça Aline, que faz tudo isso de maneira brilhante”, conta.

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Juntar a experiência real e a ficção trouxe de volta um receio antigo, o da responsabilidade que envolve ter filhos. Monica viu com clareza os desafios. “Tenho medo do grau de doação necessário, mas quero deixar registrado que me sairia bem como mãe”, afirma, rindo. No momento seguinte, lembra de um apuro que passou na filmagem. Nos seus braços, o bebê de 2 anos não parava de chorar. “Eu era aquela mãe que não tem a menor ideia do que fazer. O pânico foi tão verdadeiro que não precisei interpretar”, compartilha.

Mais duas histórias são contadas em Mulheres Alteradas. Deborah Secco vive um casamento frio e Alessandra Negrini tem foco no trabalho e não se dedica à paixão. O filme estreia dia 21.

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