Harry e Meghan abraçam cada vez mais os movimentos antirracismo
O casal conversou com CEOs de empresas anunciantes no Facebook para alertar sobre a postura condescendente da empresa com publicações de discurso de ódio
Para endossar a pressão que os principais parceiros de publicidade do Facebook fazem para que a direção da rede social se posicione contra as publicações com discurso de ódio, o badalado casal da família real britânica, Harry e Meghan Markle, entrou em cena. No dia 23 de junho, Mark Zuckerberg, executivo-chefe do Facebook, se reuniu virtualmente com empresário para ouvir as solicitações que os mesmos fazem em relação a esse tipo de conteúdo.
Segundo o The New York Times, há 10 dias assessores de Harry e Meghan entraram em contato com o chefe da Liga Anti-Difamação a fim de identificar as necessidades para mudar o cenário delicado na rede social e apoiar o movimento. Após esse contato, os dois teriam ligado diretamente para CEOs de grandes empresas anunciantes do Facebook, pedindo que interrompessem os acordos.
Já o The Times informou também que o casal estava em contato com Jim Steyer, diretor da Common Sense Media. “Eles escreveram dizendo: ‘Quais empresas podemos ajudar a alvejar? Eles entraram em cena”, explicou Steyer, professor de direitos e liberdades civis na Universidade de Stanford.
Em 17 de junho, a campanha Stop Hate for Profit teve início com a publicação de um anúncio articulado por vários grupos de direitos civis no Los Angeles Times alertando os anunciantes da rede social sobre a falta de posicionamento em relação a posts que incitavam violência contra manifestantes do movimento negro. De acordo com de NYT, funcionários também aproveitaram a campanha para manifestarem o descontentamento com o posicionamento da empresa. Alguns compartilharam até links de publicações com discurso de ódio para endossas as denúncias.
Além da ligação aos CEOs, os pais de Archie também mantém um apoio a grupos, como National Association for the Advancement of Colored People (em português, Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor) e Color of Change (em português, Cor da mudança), que promovem ações pelos direitos civis, enquanto não constroem sua própria instituição filantrópica.
Compromisso na luta antirracismo
No dia em que Lady Di completaria 59 anos, 1 de julho, Harry participou virtualmente da cerimônia do Prêmio Diana, em que homenageia jovens que articulam ações em suas comunidades para beneficio dos cidadãos. O príncipe agradeceu a essas pessoas em nome de sua falecida mãe e aproveitou para pedir desculpas pelas gerações mais velhas não terem feito mais para combater o preconceito inconsciente e o racismo. “Estou tão incrivelmente orgulhoso de fazer parte desses prêmios, pois eles honram o legado de minha mãe e trazem o melhor de pessoas como você”, afirmou Harry. “Vocês estão fazendo um trabalho tão incrível e, em um momento de grande incerteza, encontraram o poder e a inspiração dentro de você para deixar uma marca positiva no mundo. E eu amo que o Prêmio Diana seja capaz de ajudá-lo a fazê-lo”, completou.
“Minha esposa disse recentemente que nossa geração e as que estão diante de nós não fizeram o suficiente para corrigir os erros do passado”, afirmou. “Eu também sinto muito – desculpe por não termos levado o mundo a um lugar que você merece”, completou. “O racismo institucional não tem lugar em nossas sociedades, mas ainda é endêmico”. Harry revelou que está “comprometido em fazer parte da solução e em fazer parte da mudança que todos vocês estão liderando. Agora é a hora, e sabemos que você pode fazer isso”. Confira o vídeo do ator para o prêmio.
Vale lembrar que mês passado, Markle retornou aos tempos de escola e fez uma participação emocionante na cerimônia de formatura do lugar onde estudou, a Imaculate Heart High School, no bairro de Los Feliz, em Los Angeles. Em sua fala para os formandos, ela disse: “a única coisa errada a dizer é não dizer nada”.