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Discurso de ódio: “Megxit é um termo misógino”, diz príncipe Harry

O duque não mediu palavras ao falar sobre como as mentiras que são veiculadas na mídia afetaram à ele e sua família no passado. Tenso!

Por Da Redação
10 nov 2021, 13h57
príncipe Harry
 (Max Mumby/Indigo/Getty Images)
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O príncipe Harry se manifestou contra a desinformação na mídia nesta terça-feira (9) durante o encontro virtual RE: WIRED, da revista Wired em Nova York. No evento, o duque participou do painel de discussão Internet Lie Machine (Traduzindo: Internet, máquina de mentiras).

“A desinformação é uma crise humanitária global”, disse Harry. “A escala da desinformação agora é assustadora. Ninguém está a salvo dela, ninguém está protegido dela. Você não pode se esconder e continuamos a ver vidas arruinadas, famílias destruídas.”

O príncipe ainda aproveitou a deixa para se referir ao termo “Megxit”, que se tornou viral depois que ele e Meghan Markle anunciaram sua decisão de deixar a Família Real em janeiro de 2020. O mesmo é uma forma “sutil” de dizer que a atriz foi o pivô que levou a desintegração dos royals.

“O termo ‘Megxit’ foi ou é um termo misógino que foi criado por um troll, amplificado por correspondentes mundiais, e cresceu e cresceu e cresceu na mídia convencional. Mas começou com um troll”, disse ele.

Harry ainda comentou abertamente sobre as suas experiências com a mídia e desinformação: “Senti isso pessoalmente ao longo dos anos e agora estou vendo isso acontecer globalmente, afetando a todos”, disse. “Aprendi desde muito cedo que os incentivos à publicação não estão necessariamente alinhados com os incentivos da verdade.”

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Em fala, o príncipe ainda recordou das experiências desagradáveis de sua mãe, a princesa Diana, com os tabloides, ligando o histórico da mesma com os eventos recentes envolvendo Meghan Markle.

“Conheço a história muito bem. Perdi minha mãe para essa raiva auto produzida e, obviamente, estou determinado a não perder a mãe dos meus filhos para a mesma coisa”, afirmou Harry. 

Meghan e Harry em NY
(Foto: Roy Rochlin/Getty Images)
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Coincidentemente (ou não!), a discussão levantada pelo príncipe se deu no mesmo dia em que Meghan disse no evento virtual DealBook Online Summit do New York Times, que os tablóides deveriam vir com uma “etiqueta de advertência como cigarros”. 

Alvo do Mail on Sunday do Reino Unido, a atriz teve cinco artigos sobre ela publicados. Em seu conteúdo, eles expunham sua relação com o pai, Thomas Markle, e uma carta a qual ela enviou a ele após seu casamento com Harry em maio de 2018. As publicações renderam em um processo da duquesa contra o veículo que, concluído em fevereiro, garantiu a vitória de Meghan. 

Em março deste ano, Harry se uniu ao Aspen Institute, uma organização sem fins lucrativos, para participar de um estudo de seis meses explorando a desinformação nos Estados Unidos e buscando “soluções para a crise de desordem da informação”.

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Algumas das conclusões independentes de Harry adquiridas com o estudo foram compartilhadas por ele no encontro. Segundo sua fala, “mais de 70% do discurso de ódio contra minha esposa no Twitter pode ser atribuído a menos de 50 contas”. O príncipe também acusou os tabloides de racismo.

Ainda, entre tantas alfinetadas, o príncipe atribuiu aos jornalistas de tabloides a responsabilidade de “amplificação do ódio e das mentiras”. “Regurgitaram essas mentiras como verdade”, disse.

Apesar do momento de exposição da revolta, Harry também aproveitou o espaço para parabenizar os jornalistas que agem com honestidade. “Os verdadeiros jornalistas têm o poder e a vontade de combater o racismo, a misoginia, as mentiras, tudo isso de dentro de seus próprios sistemas”.

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“As pessoas agora mais do que nunca querem e precisam da verdade”, disse Harry durante o encontro. “Eles querem e precisam de confiança e querem e precisam de transparência.”

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