Gal Gadot teve sua carreira ameaçada pelo roteirista de Liga da Justiça
De acordo com o elenco e equipe técnica do longa, Joss Whedon apresentava um comportamento abusivo, não profissional e completamente inaceitável
Novas informações acerca do comportamento abusivo do roteirista Joss Whedon nos bastidores do filme Liga da Justiça foram divulgados em uma entrevista com Ray Fisher, o intérprete do Ciborgue, na revista americana The Hollywood Reporter (THR). De acordo com as revelações, as tenções no set do filme também incluem brigas de Gal Gadot e Jeremy Irons, a diretora do longa.
Enquanto os desentendimentos entre Jeremy Irons e Joss Whedon não tiveram maiores revelações, alguns detalhes sobre os embates com a atriz de Mulher-Maravilha foram divulgados.
Segundo uma fonte anônima da revista THR, Gal Gadot acreditava que o roteiro escrito para sua personagem no filme contrastava com o que ela já havia feito e mostrado ao público em seu filme solo, o que impediria um fluxo recorrente de uma produção para a outra.
Em uma das vezes, ao questionar as falas que Whedon havia escrito para a personagem, o roteirista ameaçou prejudicar a carreira da atriz, apontou uma outra fonte.
“Ele disse a ela que era o roteirista e que ela devia calar a boca e dizer as falas, ou ele poderia fazê-la parecer incrivelmente estúpida neste filme”, disse a testemunha.
Após o ocorrido, Gal Gadot e a diretora teriam convocado uma reunião com os diretores da produtora Warner Bros para expor o comportamento absurdo de Whedon e expressar preocupação com os possíveis resultados finais do filme escrito por ele.
Em fala ao THR, após ser questionada sobre o comportamento do roteirista, Gal Gadot disse: “Eu tive meus problemas com [Whedon] e a Warner Bros lidou com isso em tempo hábil.”
Anteriormente, em entrevista ao jornal Los Angeles Times, a atriz afirmou que estava feliz por Ray dizer sua verdade.
Casos de abuso de autoridade, como o cometido pelo roteirista, já haviam sido testemunhados com a diretora de filme Mulher Maravilha, Patty Jenkins.
Em julho de 2020, o ator Ray Fisher já havia denunciado o comportamento de Joss Whedon em seu perfil pessoal do Twitter e ganhou o apoio de outros atores do elenco e da equipe técnica.
“O tratamento do elenco e da equipe da Liga da Justiça foi grosseiro, abusivo, não profissional e completamente inaceitável”, afirmou o Ray.
Uma investigação também foi solicitada à Warner Media e acatada. A ex-juíza federal Katherine Forrest, que esteve à frente do processo, concluiu com uma “ação corretiva”, alegando que não encontrou “nenhum suporte confiável para alegações de animus racial” ou “insensibilidade” racial. Ray Fisher, no entanto, não se conforma com o desfrecho do caso.
Já Joss Whedon não se pronunciou sobre as alegações.