As declarações mais impactantes da biografia de Britney Spears
Biografia da cantora promete trazer informações suculentas sobre seu relacionamento com Justin Timberlake, o movimento #FreeBritney e os 13 anos de tutela
Britney Spears promete falar tudo e mais um pouco em sua aguardada biografia, A Mulher em Mim, com data de lançamento marcada para dia 24 de outubro (terça-feira) no Brasil e no exterior.
Desde o excerto que saiu na revista People, no começo da semana, a venda do livro disparou e, atualmente, já se encontra em primeiro lugar nas Amazon americana e brasileira.
Publicado no Brasil pela Editora Buzz, o livro custará R$ 119 e promete trazer revelações chocantes sobre a carreira e vida pessoal da cantora, de seus momentos em “Clube do Mickey”, até sua vida mais recente. Reunimos tudo o que já sabemos sobre a publicação.
Declaração de aborto de Britney Spears
Em declaração chocante, Britney afirma ter feito um aborto quando engravidou durante seu relacionamento com Justin Timberlake.
Em um trecho do livro, a cantora afirma: “Eu amei muito Justin. Sempre esperei que um dia teríamos uma família juntos. Isso seria muito mais cedo do que eu esperava. Foi uma surpresa e não uma tragédia”.
Ela discorre, afirmando que o cantor não estava pronto para ser pai. “Justin definitivamente não estava feliz com a gravidez. Não queria ser pai. Ele disse que não estávamos prontos para ter um bebê em nossas vidas, que éramos muito jovens.”
“Tenho certeza de que as pessoas vão me odiar por isso, mas concordei em não ter o bebê. Não sei se essa foi a decisão certa. Se tivesse sido deixado apenas para mim, eu nunca teria feito isso. E Justin tinha certeza que não queria ser pai”, afirmou.
Após a declaração, fãs da cantora relembraram o clipe de Everytime, que sempre foi entendido como um pedido de desculpa para o ex, mas que agora se conecta perfeitamente com a declaração de aborto.
Na sexta (20.10), mais trechos sobre o aborto foram liberados, onde Britney relembra da dor e do medo durante o procedimento: “Precisei que tudo fosse em casa para que ninguém soubesse da gravidez ou do aborto. Eu fiquei chorando até tudo acabar. Foram horas e eu não lembro bem como tudo aconteceu, mas lembro da dor e do medo.”
O primeiro beijo foi com Justin Timberlake
A cantora revela que Justin, além de seu primeiro amor, também foi seu primeiro beijo. Em trecho publicado na Time, a cantora relembra que tudo aconteceu quando ainda estavam no Clube do Mickey, em uma festa do pijama.
“Jogamos verdade ou desafio e eu desafiei Justin a me beijar. Uma música da Janet Jackson estava tocando, quando ele se inclinou e me beijou”, conta, em A Mulher em Mim.
Traições e término por mensagem de texto
Em outra parte, Britney revelou que Justin terminou o relacionamento de três anos por mensagem de texto. Na época, o cantor lançou Cry Me a River, insinuando que ela o teria traído – mas a verdade pode ter sido diferente.
Ela escreve que ela estava em comatose (espécie de coma) em Louisiana, ele estava “feliz rodando por Hollywood”. Ao The New York Times, no entanto, ela afirma que seu beijo em outro só aconteceu após diversos relatos de infidelidade por parte do então namorado.
Ela não gostou de filmar Crossroads
No auge, Britney estrelou Crossroads, onde dividia a tela Taryn Manning e Zoë Saldaña, mas relembra que não gostou de fazer o filme.
“Eu me tornei essa outra pessoa. Algumas pessoas atuam com métodos, mas geralmente estão cientes que estão fazendo isso. Eu não tive nenhuma separação. Acabei andando diferente, me comportando diferente, falando diferente. Fui outra pessoa enquanto filmava”, relembra.
“Esse foi praticamente o começo e o fim da minha carreira de atriz, e fiquei aliviada.”
Ataque à paparazzi e cabeça raspada
Na biografia, Britney relembra as cenas de 2007, quando raspou a cabeça e logo após atacou os paparrazis com um guarda-chuva.
“Eu estava de luto e fora de mim”, relembra a cantora, que estava lidando com a morte de sua tia, após perder a luta para um câncer de ovário. “Com a minha cabeça raspada, todo mundo tinha medo de mim. Até minha mãe. Estava agitada naquelas semanas sem meus filhos. Eu perdi o controle sem parar. Eu nem sabia como me cuidar.”
“Eu estou disposta a admitir que no meio de uma severa depressão pós-parto, abandono do meu marido, tortura em ficar longe de meus dois bebes, a morte da minha amada tia Sandra e a constante perseguição de paparazzi, eu comecei a pensar, em alguma forma, como uma criança”, escreve Britney.
O movimento #FreeBritney
A People revelou que a cantora ficou sabendo sobre o movimento #FreeBritney por causa de uma enfermeira em sua clínica de reabilitação, em 2018.
“Meu pai falou que, se eu não fosse para a clínica, eu teria que ir para o tribunal e ficaria envergonhada”, diz. Ela relembra, ainda, que seu pai a faria parecer uma “idiota” se não aceitasse.
A cantora, então, foi internada em uma clínica de reabilitação em Beverly Hills com a mensalidade de 60 mil dólares por mês, onde lhe foi prescrito lítio e ela só tinha direito à assistir uma hora de televisão por dia, antes das 21h.
“Eles me prenderam contra minha vontade por meses. Eu não podia sair. Eu não podia dirigir. Eu tinha que tirar sangue todos os meses. Não podia tomar banho sozinha. Não podia fechar a porta do meu quarto”, escreve em relato doloroso.
Foi durante a estadia nesta clínica, que uma enfermeira mostrou para Britney vídeos de fãs que se organizaram para apoiá-la e questionar sua tutela. “Foi a coisa mais incrível que vi na minha vida toda”, declara.
“Eu não acho que as pessoas realmente sabem o que o movimento #FreeBritney significou para mim, especialmente no começo.”
Dias de bebedeira durante a escola
Britney revela que, ainda adolescente, viajava com a mãe até Biloxi, no Mississippi, para beber. “Chamamos nossos drinques de ‘toddies’. Eu adorava poder beber com a minha mãe de vez em quando. A forma que bebíamos não era nada parecia com a forma que meu pai bebia. Ele ficava mais deprimido e se desligada. Nós ficavamos mais felizes, vivas e aventureiras.”
A tutela e a relação tóxica com o pai
De 2008 a 2021, Britney ficou sob a tutela de seu pai e um advogado, que ditavam tudo que ela podia e não podia fazer. Os anos traumáticos são amplamente abordados em sua biografia.
“Eu me tornei um robô. Mas não apenas um robô – um tipo de criança-robô. Eu fui tão infantilizada que perdi pedaços do que faziam com que eu me sentisse como eu mesma”, escreve.
“A tutela me arrancou minha feminilidade, me tornou uma criança. Eu me tornei mais uma entidade do que uma pessoa no palco. Sempre senti a música nos meus ossos e no meu sangue; eles roubaram isso de mim.”
“Isso que é difícil de explicar: o quão rápido eu conseguia flutuar entre ser uma menininha, uma adolescente e uma mulher, por causa da forma que eles roubaram minha liberdade. Não tem forma alguma de agir como uma adulta, se eles não me tratavam como uma adulta, então eu regredi e agi como uma menininha; mas meu eu adulto queria aparecer nova mente – só que meu mundo não me permitia ser adulta”, escreve no livro.
Ela ainda adiciona: “A mulher em mim foi empurrada por um longo tempo. Eles queriam que eu fosse selvagem no palco, do jeito que eles mandavam, e um robô no resto do tempo. Sentia que estava sendo privada dos bons segredos da vida – aqueles supostos pecados fundamentais e aventuras que nos tornam humanos. Eles queriam tirar essas coisas especiais e deixar tudo o mais mecânico possível. Foi a morte da minha criatividade como artista.”
A Mulher em Mim será publicado no dia 24 de outubro, pela Editora Buzz.