Cleo desabafa sobre como é ter compulsão alimentar e ser chamada de gorda
"Come até passar mal mesmo", afirmou a atriz durante o programa 'Conversa com Bial', na última terça-feira (27).
No começo de julho, quando aconteceu a segunda edição do MTV MIAW (Millennial Awards), Cleo foi alvo de comentários maldosos sobre o seu corpo por parecer ter ganhado alguns quilos. Na última terça-feira (27), o caso foi retomado no programa ‘Conversa com Bial’ e a atriz pontuou como é difícil ouvir críticas sobre a sua imagem ao sofrer de compulsão alimentar.
Lembrando da postagem que Cleo fez na época em que recebeu diversas mensagens agressivas, Bial perguntou a quais transtornos a atriz estava se referindo quando escreveu “penso no tanto de meninas e mulheres que, assim como eu, sofrem com distúrbios alimentares e emocionais por conta desse padrão irresponsável, inalcançável e cruel”, em uma postagem no Instagram.
E ela contou: “Você se vê de um jeito que, depois de um tempo, você olha e fala: ‘gente, mas eu era magra’. Por que eu me via de um jeito que não era? Então, é um distúrbio da forma como você se vê. Um distúrbio alimentar que você toma coisas que tiram totalmente sua fome e de repente você passa por alguma coisa emocional que você fica desequilibrada, e aí você come o pé da mesa. Não tem fim. Come até passar mal mesmo. Você acorda pensando no que você vai comer, dorme pensando no que comeu e que você vai acordar amanhã pensando no que você vai comer, e que desespero vai ser se você acordar com muita vontade de comer”.
Além da compulsão alimentar, Cleo também expôs que sofre de depressão. Bial a questionou se a agressividade das redes sociais piora o quadro do distúrbio e a resposta foi positiva, porém ela também afirmou que tem apoio de pessoas em quem confia e que faz tratamento psicológico. Inclusive, ela explicou que entrou com medicação em crises agudas da doença.
Vivendo com os dois distúrbios psicológicos, a atriz deixou um recado importante sobre a invalidação que ainda existe da relevância da saúde mental. “É muito séria a coisa da depressão. Porque não é ‘ah, é um dia de tristeza. Ah, hoje eu quero ficar na cama’. Não é isso! É uma doença mesmo, só que você não vê. Então, as pessoas tendem a não levar a sério, ou achar que é drama ou preguiça. E não é. E se você não tratar, isso resulta em coisas muito sérias. As pessoas precisam estar atentas às outras.”