Camila Morgado: “Quero me apaixonar pelos trabalhos que faço”
Simpática, a atriz fala sobre o sucesso da Noêmia, de Avenida Brasil, mas não dá espaço para boatos em sua vida pessoal
Camila Morgado fala sobre seus papeis de drama e comédia e como lida com os estereótipos da profissão
Foto: AgNews
Em “Avenida Brasil”, Camila Morgado descobriu que dividia o marido, Cadinho (Alexandre Borges), com outra esposa, Verônica (Débora Bloch), e uma amante, Alexia (Carolina Ferraz). Na vida real, a atriz de 37 anos se viu envolvida em outro conflito amoroso barra-pesada. Foi “acusada” de ter sido o pivô da separação do casamento de 28 anos da cantora Fernanda Abreu com o designer Luiz Stein, seu novo namorado.
Só que, muito discreta, a atriz optou por ignorar os boatos, que logo se dissiparam. E evita falar do assunto na entrevista a seguir. Assim é Camila Morgado: simples, direta, simpática e muito reservada. Conheça um pouco mais sobre sua vida e carreira!
Foi a comédia que te pegou ou você que pegou a comédia?
Pergunta difícil. Não sei. Acho que as duas coisas estão ligadas. Quando as pessoas começam a ver um lado seu que ainda não haviam percebido, parece que ele fica mais evidente, e você passa a ser mais lembrada para trabalhos nessa direção. É muito fácil ficar estereotipada na minha profissão. Estreei na TV num papel muito dramático em “A Casa das Sete Mulheres” (2003), depois fiz o filme “Olga” (2004) e, em seguida, a May, uma vilã amargurada de “América” (2005). Tentei mudar esse perfil e cheguei a achar que a televisão não fosse me dar essa chance.
Mas ela veio…
Felizmente, tive a sorte de Marília Pêra me chamar para a peça Doce Deleite, uma comédia meio musical, e logo fiz a Malu, de Viver a Vida (2009), que era do núcleo cômico da novela. Nossa, fiquei muito feliz! Foi um desafio enorme fazer essa mudança, e estou adorando comédia. Meu núcleo de Avenida Brasil é realmente uma delícia.
Só não pode, agora, cair em novo estereótipo: o de comediante
Ah, não (risos)! Na verdade, não me preocupo com isso. Tanto faz se é drama ou comédia, o que eu quero é me apaixonar pelos trabalhos.
Você teve que deixar o Saia Justa e a peça Palácio do Fim por causa da novela, não foi?
Sim, e foi doloroso, viu? O espetáculo pode até ser que volte, mas o Saia… é o tipo de programa que não tem retorno. É muito vivo, orgânico, está sempre se renovando. E eu amava fazer! A gente se dava muito bem, não só em frente às câmeras, mas toda a equipe era muito unida. É difícil se despedir quando o negócio está indo bem, mas foi por um bom motivo.
Qual é sua avaliação da novela?
A melhor possível! Ganhei essa personagem tão bacana e fui convidada pelo autor, João Emanuel Carneiro, por quem sempre tive muita admiração. A história é boa, meu núcleo é dinâmico, tenho excelentes colegas de trabalho. É tudo muito bom!
Você está muito bem fisicamente. Como cuida da alimentação?
Eu sigo um tratamento ortomolecular há alguns anos. Como sou muito alérgica, fui orientada certa vez a parar de tomar leite e derivados. Cortei! Nem tinha exatamente intolerância à lactose, mas quando tomava iogurte e leite e comia queijo, vinham as crises: sinusite, rinite, espirro. Topei fazer essa experiência e deu certo. Nem sempre dá para cumprir à risca, porque como muito fora de casa, mas tento me manter fiel à regra. Tomo meu leite de arroz, consumo tofu, patês à base de soja… Hoje tem um mercado grande para quem quer largar o leite ou tem intolerância.
Mas faz dieta, malha…?
Sou magrinha, sempre fui, desde pequena! E eu amo comer! Mas é claro que dou preferência a uma alimentação mais saudável. E me exercito conforme o tempo permite. Gosto de andar na praia… Nada radical.
Você está ruiva de novo. Todo mundo deve achar que essa é a verdadeira cor do seu cabelo
Acham sim (risos). Sou loira acinzentada, mas sempre gostei do ruivo. Aproveitei o tom vermelho que estava usando numa peça para fazer a Manuela, de A Casa das Sete Mulheres, e meio que virou uma marca mesmo. Até apareci loira em América, mas pouca gente sabe que aquela é a cor natural do meu cabelo.