Barbra Streisand dá declarações problemáticas sobre ‘Deixando Neverland’
A cantora de 76 anos chegou a dizer, em entrevista a jornal britânico, que "as crianças queriam estar ali com ele".
Barbra Streisand resolveu opinar sobre o documentário “Deixando Neverland“, da HBO, e levantou a maior polêmica ao dar respostas controversas e problemáticas. Em entrevista ao jornal britânico “The Times”, a cantora disse que assistiu o documentário de 4 horas que relata com detalhes os abusos sexuais que Michael Jackson teria cometido em Wade Robson e James Safechuck, quando eles tinham 10 e 7 anos.
Questionada se acreditava nas acusações, Streisand não titubeou: “Absolutamente. Aquilo foi muito difícil”, para em seguida afirmar que, no entanto, o abuso “não os matou”. “Você pode dizer ‘molestado’, mas essas crianças, como você as ouviu dizer, estavam emocionadas por estarem ali. Ambos casaram e tiveram filhos, então não os matou”, diz ela, ignorando o sofrimento que isso causou e causa nos entrevistados.
A cantora de 76 anos, mais uma vez em uma fala deturpada, defendeu Michael e disse que ele era “muito doce e infantil”. “As necessidades sexuais dele eram as necessidades sexuais dele, vindas da infância que ele teve ou do DNA que ele tinha”, declarou. Todos sabem que o rei do pop veio de um lar com problemas familiares, mas isso não pode servir de justificativa para abrandar os abusos que teriam sido cometidos- e que ainda seguem julgamento- pelo cantor, que morreu em 2009.
Dan Reed, diretor do doc, se manifestou sobre as declarações no Twitter e pareceu bem aborrecido:
“‘Não os matou’. Você realmente disse isso, Barbra Streisand?”
“‘As necessidades sexuais dele eram as necessidades sexuais dele’ – a pedofilia é tolerada em algumas partes da indústria do entretenimento?”
Outro momento bastante polêmico é quando ela diz que as crianças queriam estar ali com ele. “Eu me sinto mal pelas crianças, me sinto mal por ele. Eu culpo, acho, os pais, que permitiram que os filhos dormissem com ele. Por que Michael precisava dessas pequenas crianças vestidas como ele nos shows, dançando e com os chapéus?”