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As novelas que mudaram a imagem da mulher na sociedade

A emancipação feminina chegou à teledramaturgia e reforçou a imagem da mulher na sociedade brasileira

Por Paulo Cabral
Atualizado em 15 jan 2020, 04h24 - Publicado em 4 jun 2014, 21h00
Joel Maia (/)
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Foi-se o tempo em que a protagonista de uma novela era uma mocinha ingênua que sofria pelo amor do galã e era vítima passiva das maldades do vilão. Aos poucos, as personagens femininas começaram a ganhar volume na teledramaturgia brasileira e a romper o tabu da mulher submissa que vivia para a família. Um esboço dessa emancipação surgiu com a impetuosa Diana, umas das três personalidades assumidas por Lara, papel de Glória Menezes, 79, em Irmãos Coragem (Globo, 1970).

Já sem se esconder atrás de um distúrbio psicológico, a Júlia Matos de Sonia Braga, 63, em Dancin’Days (Globo, 1978), demonstrava independência, mas devido a seu passado marginal. No ano seguinte, no entanto, Regina Duarte, 67, deixando para trás a imagem de Namoradinha do Brasil, estrelou a série Malu Mulher (Globo, 1979/1980) na pele de uma mulher descasada e mãe de uma filha que, a cada episódio, enfrentava um problema para se impor na sociedade por causa de sua situação civil. Era o feminismo assumido ocupando um lugar na ficção.

Crusoe Farias
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Se antes de Malu Mulher, a heroína clássica dos romances de capa e espada era vista com incredulidade pelo público, depois da série global as protagonistas da teledramaturgia brasileira ganharam a função de reforçar o papel da mulher independente na sociedade. Janete Clair, morta em 1983, já vinha destacando essa característica em suas Simone (Regina Duarte em Selva de Pedra, Globo, 1972), Leda Maria (Betty Faria, 73, em Duas Vidas, Globo, 1976) e Amanda (Dina Sfat, morta em 1989, em O Astro, Globo, 1977).

As novelas de época também traziam suas personagens femininas de pulso firme como Malvina (Elizabeth Savalla, 59, em Gabriela, Globo, 1975) e Isaura (Lucélia Santos, 57, em Escrava Isaura, Globo, 1976). Mas Gilberto Braga, 67, assumiu esse compromisso com afinco e se aproveitou de discussões atuais como fez, por exemplo, em Água Viva (Globo, 1980). Na ocasião, um dos tabus que se pretendia romper era o topless, e o autor colocou isso na trama com Stella Simpson (Tônia Carrero, 91) na praia tirando a parte de cima do biquíni em uma cena que marcou época.

Joel Maia
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A rápida mudança de comportamento, com a consolidação da mulher no mercado de trabalho e nas decisões familiares, amenizou o caráter reivindicatório das personagens femininas na teledramaturgia ao ponto de virar tema central de uma das maiores comédias do gênero, Guerra dos Sexos (Globo, 1983).

Na trama de Silvio de Abreu, 71, Fernanda Montenegro, 84, deu vida a Charlô, uma mulher bem-sucedida que trava uma batalha com o primo, Otávio (Paulo Autran, morto em 2007), e, para isso, arregimenta uma tropa para enfrentar os homens. Sucesso na época, ao ser refeita em 2012, a temática apareceu datada e não conquistou o público.

Helio Motta
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Outra comédia bem-sucedida na disputa entre os sexos foi Quatro por Quatro (Globo, 1994), em que quatro mulheres se unem em uma vingança contra os homens que as fizeram sofrer. Mas o destaque ficou para Babalu, interpretada pela então estreante Letícia Spiller, 40, que agradou tanto o público masculino quanto o feminino, que copiou os trejeitos e a moda da personagem.

Quem fugiu à regra da feminilidade foi Pereirão, ou Griselda, papel de Lilia Cabral, 56, em Fina Estampa (Globo, 2011), que ganhava a vida fazendo “serviços de homem” como eletricista e encanadora e mostrando que a emancipação permitiu um espaço ilimitado à mulher na teledramaturgia. 

Alex Carvalho / Divulgação Globo
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