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Sequei 55 kg com a versão light da dieta Dukan!

Com um método menos radical da famosa dieta das proteínas, Fernanda conquistou um corpão. Ela até lançou um livro contando sua história.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 11h00 - Publicado em 11 dez 2013, 21h00
Reportagem: Célia Aguiar/Fernanda Thedim (/)
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A jornalista carioca conquistou o corpo dos sonhos com a dieta Dukan!
Foto: Rafael França

Estar acima do peso exige cada coisa da gente. Eu, por exemplo, sabia avaliar direitinho se o banco em que ia me sentar era resistente e aguentaria meu peso. Foi um instinto que desenvolvi para evitar tombos e vergonhas. Mas nem sempre acertava. Em um almoço de domingo com amigos, caí estatelada no chão. A cadeira não aguentou meus 127 kg. Me senti humilhada. O garçom tentava disfarçar enquanto me oferecia outra cadeira. Levantei e continuei meu almoço, mas eu só queria desaparecer. Adoraria dizer que esse foi o primeiro e único vexame da minha história, mas estaria mentindo. Só no meu trabalho, quebrei quatro cadeiras em oito anos. Cadeiras de praia, então, perdi as contas. Com o tempo, deixei de pegar ônibus por medo de ficar entalada na catraca. Só andava de carro, minha rota de fuga. Vivia me desdobrando para fugir de constrangimentos. Aos 31 anos, me sentia fracassada por nunca ter conseguido emagrecer. Só consegui mudar esse cenário quando fui desafiada a perder todo o meu excesso de peso com dieta e exercícios. Topei a aposta, encarei a empreitada e me reinventei como mulher!

Meu trabalho era comer

A obesidade nunca foi novidade para mim. Com 12 anos, eu já pesava 80 kg. Aos 18, estava com mais de 100 kg. E nunca foi por falta de verduras e legumes em casa, viu? O problema é que eu comia de tudo e em grandes quantidades. As guloseimas sempre foram minha válvula de escape. Minha maior incentivadora na tentativa de emagrecer era minha avó, a dona Dilma. Ela vivia buscando médicos para mim, esperando ver a neta mais fininha. Mas sempre fracassei. Assim que me formei em jornalismo, comecei a trabalhar em uma revista. Aí, ganhei um delicioso cargo: crítica de gastronomia. Dá para acreditar? Acho que perceberam meu caso de amor com a comida. Era o emprego dos sonhos! Fazia até dez refeições fora de casa por semana para avaliar os restaurantes da cidade. Eu deveria fazer como muitas colegas de trabalho, que experimentavam só um pouquinho de cada coisa, mas eu comia sem freios. Assim, cheguei aos 120 kg em 2008.

Eu já era obesa mórbida

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Continuei engordando até que, em 2012, meu chefe na revista me propôs um desafio. Ele buscava um candidato gordo para relatar os efeitos de uma rotina com reeducação alimentar e exercícios físicos. Relutei o quanto pude. Não queria expor meu peso. Foi uma amiga que me fez acordar. “Não faz diferença você dizer seu peso, todo mundo vê como você está gorda!” Acho que não esperava tamanha sinceridade. Ela tinha razão. O que eu tinha para esconder? Topei. Minha vida, então, passou a ser supervisionada pelo endocrinologista Fabiano Serfaty e pelo educador físico Dudu Netto. Na minha primeira consulta com o doutor Serfaty, em maio do ano passado, a balança registrou 127 kg, o que me classificava como obesa mórbida.

O médico me passou uma dieta rica em proteína, dividida em quatro fases, com metas semanais. Uma proposta bem parecida com a famosa dieta Dukan, só que menos rigorosa. Na minha reeducação, alguns legumes e verduras que possuem carboidrato são permitidos desde o começo. É um cardápio bem menos radical! Seguindo todas as regras, fazendo academia três vezes por semana e mudando coisas simples, como subir escadas, perdi 10 kg no primeiro mês! Nos seis meses seguintes, sequei mais 35 kg! Essa foi a primeira fase da dieta, cheia de vitórias. Em janeiro deste ano, escrevi minha história de emagrecimento para uma reportagem da revista em que trabalho. Foi um sucesso!

Ainda vou perder 5 kg!

E, mesmo depois de cumprir o desafio, não abandonei o cardápio e os exercícios físicos. Eles viraram meu estilo de vida! Estou na segunda fase da dieta, que me permite comer carboidratos do bem, como pães e massas integrais. Já emagreci mais 10 kg! Hoje são exatos 55 kg a menos. E vou seguir na dieta até perder mais 5 kg! Nesse meio tempo, fui promovida no trabalho, adotei o cabelo curto, vou à praia de biquíni e me descobri uma Fernanda cheia de autoestima. Também conquistei espaço no mundo virtual e virei exemplo para muitas mulheres que lutam contra a balança! Aprendi, ainda, que manter o estímulo psicológico é tão importante quanto a disciplina na dieta. E foi pensando nisso que este ano lancei meu livro, Corpo Novo, Vida Nova. Quero mostrar que não existe o impossível na luta contra a obesidade! Minha obra até entrou para a lista dos mais vendidos! É uma felicidade tão grande! Só sinto muito, do fundo do meu coração, que minha avó não esteja mais aqui para ver sua neta magrinha… Se eu pudesse mandar um recado, seria: vó, eu consegui!

Fernanda Thedim, 32 anos, jornalista, Rio de Janeiro, RJ

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15 truques que me ajudaram a seguir na dieta

Não dá para emagrecer sem sacrifício. Passei por muita privação para conquistar meu resultado! Compartilho meus truques para você fazer como eu:

1. Não encha o armário de guloseimas. Evite ter tentações em casa.
2. Encha o prato de salada. Quanto mais folhas, menos espaço para o restante da comida.
3. Procure uma atividade prazerosa e reorganize sua agenda para encaixá-la.
4. Estabeleça metas realistas. Faça desafios semanais!
5. Cuidado com os perigos à mesa: suco de laranja e azeite são calóricos, molhos para salada ajudam na retenção de líquido e a cerveja do fim de semana pode representar uma refeição extra no seu dia.
6. Envolva outras pessoas no seu projeto: a vigilância ajuda a fugir de armadilhas!
7. Evite lugares tentadores, como barzinhos.
8. Registre refeições ou atividades físicas e compartilhe nas redes sociais. O mundo virtual é um grande incentivo para seguir na dieta!
9. Se cometer um deslize, não desanime: coma menos na refeição seguinte ou malhe mais.
10. Tenha uma balança em casa e se pese todo dia de manhã. Constatar que o peso diminuiu é uma injeção de ânimo.
11. Leia o rótulo dos alimentos para não cair em uma cilada: muitos alimentos, como barras de cereal, parecem inofensivos, mas não são.
12. Tenha consciência de tudo o que você come. É um exercício diário. Minha filosofia agora é: penso, logo não engordo.
13. Carregue opções de lanchinhos na bolsa, como o Polenguinho® light. Assim, você evita uma recaída.
14. Mexa-se: levante do sofá para mudar o canal da TV, caminhe até o mercado, vá ao banco pagar as contas, use as escadas no lugar do elevador. Tudo é válido!
15. Comemore cada grama a menos na balança. Você merece essa alegria!

A versão light da dieta Dukan que a Fernanda fez

As dietas proteicas não restringem calorias nem quantidades, mas limitam o consumo de carboidratos. Tanto na dieta Dukan tradicional quanto na versão light do Dr. Serfaty, você pode comer proteínas magras à vontade, como carnes bovinas magras, peixes, frango, queijos, ovos e peito de peru. “Ao restringir o carboidrato, o organismo usa o estoque de gordura para obter energia. Isso faz emagrecer!”, explica o endocrinologista. A versão light dessa dieta é menos radical porque permite o consumo, desde a primeira fase, de verduras e legumes que contêm carboidrato. Por isso ela é menos radical do que a Dukan.“O benefício de incluir esses vegetais desde o início é que as refeições não ficam tão restritivas e a paciente não desiste do cardápio”, explica Serfaty. A versão criada por ele também tem quatro fases, sendo que a quarta é a de manutenção do peso. “Nenhuma das fases tem uma duração fixa. Depende do resultado de cada pessoa”, diz Serfaty. Veja abaixo cada fase:

1ª fase

É a fase mais restritiva: o objetivo é não ultrapassar a marca de 20 g de carboidrato por dia (leia os rótulos dos produtos industrializados para controlar a quantidade). Essa conta não inclui as verduras e os legumes permitidos, que contêm quantidades de carboidratos não significativas. “A Fernanda fez a primeira fase por sete meses, pois queria emagrecer muito e com velocidade”, explica o Dr. Serfaty.
Tempo de permanência: de 1 a 3 meses.

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Alimentos:

Carnes: bovinas magras, peixes e aves. Embutidos: presunto, peito de peru, chester, queijos amarelos, requeijão, ricota e Polenguinho®.
Óleos: azeite de oliva e óleo de canola. Verduras e legumes: em geral, exceto batata, inhame, aipim, beterraba, cenoura, milho, lentilha e feijão.
Conservas: alcaparra, aspargo, azeitona, cogumelo, palmito e picles.
Bebidas sem açúcar: chás naturais, chás gelados diet, suco de tomate, café.
Doces: chiclete diet e gelatina diet.
Leite: 1 copo de 250 ml por dia.
Frutas: 1 porção por dia, exceto banana, uva, jaca e fruta-do-conde.
Outros: Creme de leite light e leite de coco. Farinha de linhaça e de gergelim à vontade.

2ª fase

Nesta etapa, a quantidade de consumo de carboidratos aumenta para 40 g por dia. Fica bem mais fácil. Além dos legumes da lista da primeira fase, que podem ser consumidos à vontade, agora entram os alimentos integrais que saciam a fome por mais tempo. Você deve acrescentar aos alimentos da primeira fase uma opção de cada um desses grupos abaixo por dia, na quantidade indicada.
Tempo de permanência: de 2 a 4 meses.

Alimentos:

Pães e similares: pão de forma (1 fatia), torrada integral (3 fatias).
Leite e derivados: leite desnatado (1 copo), leite de soja (2 copos), iogurte light e coalhada (1 pote), sorvete sem açúcar (2 bolas).
Doces: chocolate diet (25 gramas), paçoca diet (1 unidade), doce em compota diet (1 colher de sopa), pudim, musse ou creme diet (1 taça), geleia diet (2 colheres de sopa).
Frutas oleaginosas: nozes, castanhas, amêndoas, pistache, macadâmia (10 unidades) ou sojinha torrada, semente de abóbora ou girassol (1 pacote de 100 gramas).

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3ª fase

Valem todas as regras da segunda fase, mas a quantidade de carboidrato permitida aumenta para até 70 g.
Tempo de permanência: de 1 a 2 meses.

Alimentos: igual à segunda fase.

4ª fase

Esta fase é de manutenção do peso conquistado pelo resto da vida. É a etapa mais difícil. Uma pessoa que pratica exercícios físicos pode consumir, em média, de 70 g a 100 g de carboidrato por dia. “Se você consumir o dobro do estipulado, com certeza voltará a engordar. É o famoso efeito sanfona!”, explica Serfaty. Atenção sempre!

O livro de sucesso da Fernanda

Ela conta mais detalhes sobre o seu processo de emagrecimento e dá muitas dicas para você se inspirar e emagrecer também! Corpo Novo, Vida Nova, Ed. Casa da Palavra, R$ 29,90*

*Preços pesquisados em Dezembro/2013

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