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CASACOR 2025: 10 tendências que vão dominar a decoração nos próximos meses

Mistura de estampas, cores terrosas e maximalismo devem tornar-se cada vez mais populares em projetos de decoração neste ano

Por Gabriela Nassif
Atualizado em 28 Maio 2025, 17h57 - Publicado em 28 Maio 2025, 17h56
Após hiato de seis anos, escritório de arquitetura retorna à mostra com ambiente voltado para conexões, acolhimento e boas histórias
Dado Castello Branco participa da CASACOR SP 2025 com espaço pensado para bons encontros. (Estúdio MCA/MCA Estúdio (Divulgação))
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A CASACOR São Paulo 2025, principal mostra de arquitetura, paisagismo e design de interiores das Américas, começou nesta terça-feira (27) num lugar inédito, o Parque da Água Branca. Com o tema Semear Sonhos”, a 38° edição se estrutura em três pilares principais: sonhos coletivos, ecossistemas em cooperação e confluência de saberes.

O primeiro incentiva os profissionais a refletirem coletivamente sobre a construção de um futuro mais harmonioso e colaborativo. O segundo conceito, por sua vez, reflete a importância de unir o ambiente urbano com o natural, incentivando a criação de cidades a partir da integração com a natureza, sem destruí-la. Por último, a confluência de saberes sugere uma abordagem multidisciplinar, conectando a arquitetura com outras esferas do saber, como a engenharia, a biologia e as ciências sociais.

A CASACOR 2025 está sendo no histórico parque da água branca
O espaço escolhido constitui uma área de mais de 10 mil m², localizado no coração de um parque urbano com vegetação de Mata Atlântica preservada. (Fran Parente/CASACOR)

Principais tendências CASACOR 2025

Neste ano, a CASACOR reforçou ainda mais a estética “casa de vó“, com inspirações retrô e características que remetem à decoração da década de 70, conhecida pelo uso ousado de cores, como o laranja queimado, e de estampas geométricas.

Segundo a arquiteta Bruna Pincelli, que nos ajudou a identificar as principais tendências nos ambientes, essa proposta de aconchego já vinha do ano passado, só que diferente dos espaços mais “clean” e iluminados que vimos em 2024, esse ano a proposta foi mais intensa, com mais peso nas cores e na decoração. Para ela, a nova localização foi crucial nesta mudança. 

1. Mistura de estampas

Seja em papéis de parede, sofás, tapetes, tecidos ou objetos, as estampas dominaram os projetos deste ano, sobretudo, misturadas.

Se em algum momento a mistura de estampas não era considerada agradável, os arquitetos da CASACOR 2025 provaram o contrário. Com 12m², Ale Mellos fez um ambiente de passagem maximalista dominado pela tendência! Veja:

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Ale Mellos escolheu itens restaurados de segunda mão, boa companhia para as gravuras que enfeitam paredes e para as ferramentas de trabalho.
Ale Mellos apresenta na CASACOR São Paulo 2025 o ambiente Gazebo da Botânica. (Roberta Gewehr/Divulgação)

2. Cores terrosas

As cores terrosas dominaram a CASACOR 2025, sobretudo, o vermelho, o marrom e o alaranjado. Marina Linhares, com 225m² de exposição, abusou das cores escuras em um ambiente moderno e sofisticado.

A casa completa de 225 m2 que a designer de interiores montou em parceria com a Portinari para apresentar a recém-lançada coleção de revestimentos que leva sua assinatura.
Marina Linhares apresenta “Alquimia do Morar Portinari” na CASACOR 2025. (Evelyn Muller/Divulgação)

3. Objetos retrô

O renomado Maurício Arruda apresenta a “Casa Coral – Cores do Parque” ou, por suas palavras, a “Casa Brasileira”. Para Maurício, o principal objetivo com seu projeto é despertar um novo olhar para a vegetação e a beleza que já nos cerca.

Com o uso de peças antigas, design contemporâneo e arte popular, ele celebra as raízes e as tradições do Brasil, mas sem abrir mão da inovação.

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Maurício Arruda volta à CASACOR 2025 com projeto destaque
Os nove tons que colorem o projeto de Maurício Arruda na CASACOR dialogam com pigmentos das árvores do Parque da Água Branca. (MCA estúdio/Instagram)

4. Cerâmica

Neste ano, vimos muitos ambientes com revestimentos de cerâmica. A tendência aparece principalmente nas áreas “molhadas”, como nas cozinhas e banheiros.

Marina Linhares se destaca mais uma vez na CASACOR 2025.
Marina Linhares se inspira no modernismo dos anos 70 e na casa como refúgio emocional e físico. (Evelyn Muller/Divulgação)

5. Tijolo de vidro

Leo Shehtman, que participou de 37 das 38 edições da CASACOR, usou os tijolos de vidro como destaques de seu espaço. E ele não foi o único. A tendência pode ser usada em paredes e divisórias para permitir a passagem de luz natural entre ambientes. 

Leo participou de 37 das 38 edições da casacor
A parede de tijolos de vidro de Leo Shehtman traz a luz como elemento central do ambiente “Tempo Presente”. (MCA estúdio/MCA Estúdio (Divulgação))
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6. Formas orgânicas

Incorporando quase todas as tendências que apareceram este ano, Otto Félix mistura referências da belle époque e do art nouveau, fazendo o uso de muitas formas orgânicas. As curvas suaves e linhas irregulares aparecem em objetos e nas paredes, trazendo personalidade ao ambiente. 

Com liberdade, o arquiteto mistura referências da belle époque e do art nouveau neste lugar escondido
O “Le TT Speakeasy” de Otto Félix, faz uma reinterpretação dos bares secretos que surgiram nos anos 1920 durante a Lei Seca, nos Estados Unidos. (MCA estúdio/MCA Estúdio (Divulgação))

7. Maximalismo

O arquiteto Gabriel Figueiredo e o designer de interiores Fabricio Frezza realizam sua primeira participação na CASACOR com o Amado Hotel, um lobby de hotel fictício. Com estampas, arcos e 126 obras curadas por eles, o ambiente cria uma atmosfera intimista, aconchegante e maximalista. Já temos porta-retratos o suficiente? Acho que não!

O arquiteto Gabriel Figueiredo e o designer de interiores Fabricio Frezza marcam suas trajetórias profissionais com a primeira participação na CASACOR São Paulo.
Frezza & Figueiredo traz repertório e memórias afetivas para o lobby do Amado Hotel na CASACOR São Paulo 2025. (Carolina Mossin/Divulgação)

8. Vitrais

Dois ambientes chamaram a nossa atenção na CASACOR  – ambos possuíam a presença dos vitrais. Com muita personalidade, “Déjà Vu”, de Eloy e Felipe Fichberg, resgata a estética do fim do século XIX e início do século XX, por meio de uma leitura contemporânea e 100% brasileira.

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Inspirado no movimento Art Nouveau e em sua harmonia com a natureza, o ambiente resgata a estética do fim do século XIX e início do século XX, por meio de uma leitura contemporânea e 100% brasileira.
O escritório Fichberg Arquitetura e Interiores, comandado pelos arquitetos Eloy e Felipe Fichberg, assina o ambiente Déjà Vu na CASACOR 2025. (@bianauiack/Divulgação)

O arquiteto Gabriel Rosa também fez o uso de vitrais em seu ambiente “Adega Legado”. Historicamente associado ao passado europeu, Gabriel reconta a história da bebida sob perspectiva do continente africano, onde, há mais de 5 mil anos, no Egito antigo, regava rituais de espiritualidade, fertilidade e conexão com o divino.

O projeto de 33 m2 evoca um santuário graças a recursos como o vitral de cores vibrantes e os arcos na arquitetura e nas prateleiras.
Gabriel Rosa apresenta a Adega Legado na CASACOR 2025. (@vitorguilhermme/Instagram)

9. Materiais naturais

O renomado Bruno Carvalho apresenta a Casa Toushi Duratex, um ambiente com forte carga afetiva que faz um mergulho na cultura oriental, em especial, a chinesa. Neste projeto, o arquiteto faz o uso da madeira – que assume papel central na obra – e da pedra jade, associados a outros elementos naturais.

O arquiteto considerou elementos como equilíbrio, espiritualidade, memória e delicadeza por meio de um layout setorizado em living, casa de chá, quarto e banho.
Casa Toushi Duratex do arquiteto Bruno Carvalho. (Denilson Machado/MCA Estúdio)
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10. Listras e Xadrez

O arquiteto Rodolfo Consoli ousou com a cor vermelha em paredes listradas, móveis estampados e cortinas densas, criando um ambiente maximalista e encantador. Formas geométricas, listras e xadrez se destacaram em vários projetos e prometem virar tendência no design de interiores.

Rodolfo Consoli apresenta um estúdio de 63 m2, formado por sala, cozinha com bar, banheiro e quarto com closet e mesa de trabalho.
A cor vermelha é o trunfo do “Stúdio Oniria” de Rodolfo Consoli. (Denilson Machado/Divulgação)

 

 

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