Zezé Motta celebra existência preta em live neste sábado (25)
Com mais de 50 anos de carreira, a artista reúne companheiras para celebrar o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
São mais de 50 anos de travessia ampla e de sucesso. Zezé Motta compartilha a sua arte na sua mais totalidade, já que está presente no teatro, no cinema, na música e na TV. Seu trabalho artístico por si carrega uma importância ímpar, mas a luta contra o racismo também foi agregada ao seu caminho. Se ser preto hoje não é fácil, Zezé desbrava com unhas e dentes oportunidades há anos.
Neste Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e de Tereza de Benguela, líder quilombola símbolo da resistência contra a escravização, 25, às 16h, mais uma plataforma servirá de palco para a artista, a internet, por conta da sua live Zezé Motta – Mulher Negra com transmissão em todos os canais oficiais da “cantriz” (Youtube, Instagram e Facebook).
Com apresentação da comunicadora Luiza Brasil e da atriz Aline Dias, a live terá depoimentos de mulheres negras, como Maju Coutinho, as atrizes Camila Pitanga, Cris Vianna, Taís Araújo, Juliana Alves, Isabel Fillardis, Adriana Lessa, Jeniffer Nascimento, Sheron Menezzes, Thelma Assis, Jessica Ellen, Luana Xavier, Erika Jannuza, entre outras, que foram direcionadas pelo trabalho e presença de Zezé.
Além das participações, o público terá a oportunidade de conhecer ainda mais a história silenciada da cultura negra, que é plural, rica e não marcada só por dor. O roteiro leva assinatura da cineasta Yasmin Thayná, criadora do Afrolix, plataforma que reúne produções de artistas negros, e que foi vencedora do “Oscar africano” pelo curta ‘’Kbela”. A direção é de Consuelo Cruz, editora de conteúdo no Youtube do canal GNT.
Como falamos, a música sempre embalou a história de Zezé. Sendo assim, na live, ela não poderia ficar de fora. Moraes Moreira, Luiz Melodia e Rita Lee fizeram composições inéditas para a artista, que também é inspiração para a canção Tigresa, de Caetano Veloso. Música Popular Brasileira, nossa querida MPB, não vai faltar amanhã!
“Essas homenagens são importantes porque significam o reconhecimento de uma batalha para construir uma carreira. Iniciar uma carreira em qualquer segmento é difícil e mantê-la é mais complicado, ainda mais com os conflitos que temos, sejam eu de gênero ou de cor. Agradeço a Deus todos os dias por ter batalhado e conseguido. Certa vez ouvi da saudosa Lélia Gonzalez, “Nós não temos tempos para lamúrias. Temos que arregaçar as mangas e virar esse jogo”. E essa frase ficou definitiva na minha vida. Hoje não sofro com a discriminação racial, mas aproveito o espaço da mídia para denunciar, combater. E vejo isso como uma missão”, explica Zezé Motta.