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Paolla Oliveira e Lázaro Ramos falam sobre ‘Papai é Pop’, carreira e mais

Comédia nacional baseada nos livros de Marcos Piangers evidenciam as dores e alegrias acerca da paternidade de forma leve

Por Kalel Adolfo
18 ago 2022, 08h46

Papai é Pop, filme estrelado por Paolla Oliveira e Lázaro Ramos, estreou na última quinta-feira (11) nos cinemas brasileiros. A trama aborda — de forma bastante descontraída — assuntos importantes como a construção da masculinidade e a maneira como certas estruturas sociais facilitam a paternidade para a maioria dos homens. 

Toda essa dinâmica é evidenciada por Paolla e Lázaro, que dão vida a um casal que acabou de ter filhos e tenta se adaptar à nova rotina. Vale lembrar que a produção é baseada nos livros de Marcos Piangers, que trazem os aprendizados e desafios de ser pai de forma bem-humorada e intimista. 

A seguir, os protagonistas do longa-metragem refletem sobre os temas sociais abordados pelo projeto e mais. Confira: 

Paolla e Lázaro em `Papai é Pop`.
Paolla e Lázaro em `Papai é Pop`. (Pródigo Filmes/Reprodução)

CLAUDIA: O que mais chamou a atenção neste projeto para vocês toparem participar?

Paolla Oliveira: Eu simplesmente amo falar sobre temas familiares num filme que as pessoas possam se divertir. A comédia oferece esse lugar maravilhoso para ouvir coisas que podem ser importantes e intensas, mas de forma divertida. 

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Lázaro Ramos: O ponto mais especial neste projeto é que, para além dos outros temas, este é um filme sobre a construção da masculinidade. Eu sempre quis participar de uma produção sobre paternidade que fosse além do que normalmente é apresentado no entretenimento. Papai é Pop é sobre os desafios e aventuras de ser pai, mas também aborda a masculinidade num formato que foge do comum. Num geral, vemos os homens numa posição de violência, se ausentando dos cuidados familiares. E precisamos desconstruir isso. Esse espaço que o Marcos Piangers criou com o livro traz essa energia e é libertador. 

CLAUDIA: Como você usou a sua experiência como pai para compor o seu personagem neste filme?

Lázaro Ramos: Tentei ao máximo me basear no roteiro e na experiência que construí com o Piangers. Mas quando chegamos no set e nos relacionamos com os outros atores, algumas características pessoais aparecem naturalmente. O jeito que brinco com as crianças no filme é como brinco com meus filhos na vida real. Na hora de atuar, acabamos usando o nosso repertório de vida. Perdi minha mãe muito cedo, e por isso, canalizei o anseio por essa conexão através da dinâmica com a personagem de Elisa Lucinda. Tudo foi se misturando e coisas únicas foram originadas. 

CLAUDIA: Como os desafios enfrentados pelas mulheres na maternidade podem ser percebidos no filme?

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Paolla Oliveira: Acho tão bacana falar sobre maternidade a partir desta ótica de desconstrução, mesmo sem ser mãe. Eu acredito nessa maternidade que não nos impõe regras. Quando eu resolver ter filhos, quero essa maternidade com responsabilidades mais equilibradas. Eu sinto que estão colocando coisas em cima dos homens (como a necessidade de afeto e ter um olhar atencioso acerca das relações) e tirando obrigações das costas das mulheres, como essa pressão de ser doce e gentil o tempo inteiro. Gosto de pensar que a maternidade pode existir neste lugar menos idealizado. 

CLAUDIA: O filme fala sobre ressignificar antigos conceitos para evoluirmos como pais ou mães. Agora, fazendo um paralelo: em sua carreira, já houve algum momento em que foi necessário se reinventar para lidar com novos desafios? 

Paolla Oliveira: Eu ressignifiquei minha vida inteira através das artes. Não fui criada para ser atriz. Simplesmente não tive essa educação. Minha maior reinvenção foi estar nas artes e poder me curar de uma vida, de um ambiente familiar. Não estou reprimindo ninguém, pois minha família fez o que pôde naquele momento. Sou muito grata. Mas eu acredito que seria outra pessoa se eu não tivesse me ressignificado dentro da arte. 

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