PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Expo de Claudia Andujar sobre povo indígena yanomami é sucesso em Paris

Fotógrafa suíça naturalizada no Brasil, já indicada ao Prêmio CLAUDIA, tem obra voltada a expor a luta dos povo yanomami.

Por Da Redação
Atualizado em 4 fev 2020, 12h05 - Publicado em 4 fev 2020, 12h04
Jovem indígena fotografada por Claudia Andujar em 1976.  (Claudia Andujar/Divulgação)
Continua após publicidade

Claudia Andujar, fotógrafa suíça naturalizada no Brasil, está fazendo um enorme sucesso com sua exposição “A Luta yanomami“, na Foundation Cartier, em Paris, França. Anteriormente exposta no Instituto Moreira Salles, em São Paulo, o trabalho da ativista de 88 anos registra a vida do povo indígena yanomami nas profundezas da selva amazônica, em Roraima, e busca enfatizar as novas ameaças enfrentadas pelo grupo no governo atual.

Com início no dia 30 de janeiro, a mostra “Claudia Andujar, La Lutte yanomami” acontece até o dia 10 de maio e reúne mais de 300 fotografias, uma instalação audiovisual, e uma série de desenhos yanomami, sendo a maior exposição dedicada ao trabalho da fotógrafa até hoje.

Na abertura, centenas de pessoas foram prestigiar, como confirma o registro abaixo:

 

Sobre o trabalho da artista

O trabalho com os Yanomami começou em 1971, depois que Andujar visitou a comunidade na fronteira com a Venezuela. Os primeiros registros da fotógrafa expunham a luta do grupo indígena durante a ditadura militar, além das atividades diárias na floresta, dos rituais xamânicos – práticas etnomédicas, mágicas, religiosas e filosóficas que envolvem cura, transe, transmutação e contato entre corpos e espíritos de outros xamãs –, e dos indivíduos.

Continua após a publicidade

Quase meio século depois, a obra dela também denuncia a ameaça que esse povo recebe do governo de Jair Bolsonaro e a crescente pressão dos caçadores e garimpeiros em suas terras.

“Ajude-nos a divulgar ao mundo inteiro que eles vieram para nos matar”, disse o xamã Davi Kopenawa, porta-voz Yanomami, na capital francesa, ao apresentar a exposição. Kopenawa ainda afirmou que considera o presidente Bolsonaro está querendo “roubar” o território deles, que foi reconhecido na década de 90. Segundo o porta-voz, o atual governo está permitindo que caçadores e garimpeiros atraídos pela valorização do ouro se desloquem pelas terras de seu povo.

View this post on Instagram

Ouverture de l’exposition « Claudia Andujar, La Lutte Yanomami » ! . Opening of the exhibition "Claudia Andujar, The Yanomami Struggle"! . 📸 © thibaut_voisin . #FondationCartier @imoreirasalles #ClaudiaAndujar #Yanomami #Amazonie #Brazil #exhibition #photography @socioambiental #hutukara #hutukarayanomamiassociation

A post shared by Fondation Cartier (@fondationcartier) on

Continua após a publicidade

 

Andujar nasceu na Suíça e passou a infância em Oradea, na atual Romênia, onde seu pai, judeu, foi preso e deportado por nazistas. Em 1948, Claudia se mudou para Nova York, onde estudou arte e se casou com um refugiado espanhol.

Sua história no Brasil começa em 1955, quando Claudia chegou em São Paulo e começou a trabalhar com fotografia, publicando em veículos como “Realidade”, “Life”, “Look” e “The New York Times”.

View this post on Instagram

A retrospectiva apresenta o trabalho da fotógrafa e ativista que dedicou a vida a estudar e proteger um povo indígena ameaçado de extinção. A mostra, com imagens e documentos inéditos, reconta a transformação de um projeto fotográfico num marco da história visual e política do país. … CLAUDIA ANDUJAR: A LUTA YANOMAMI 🗓️ Até 17/11, domingo 📍 IMS Rio (Galeria principal) 🎫 Grátis _ Claudia Andujar's retrospective dedicated to the Yanonami, Native Brazilians at risk for extinction, presents approximately 300 images and an installation by the photographer/activist, as well as books and documents that chronicle the trajectory of the Yanomami on their quest to survive. . This set of pieces outlines a wide panorama of Andujar's extensive work along the Yanonami, recapturing little known aspects of the photographer's struggle for the demarcation of indigenous land, an activism that led Claudia to bring her art together with politics. The material showcased is the result of many years of research by curator Thyago Nogueira, coordinator of contemporary photography for the IMS, within the institute's archives, with over 40,000 images by the artist. … CLAUDIA ANDUJAR: THE YANOMAMI STRUGGLE 🗓️ Until 11/17, sunday 📍 IMS Rio (Main gallery) 🎫 Free _ 📸 Autorretrato, foto de Claudia Andujar, Catrimani, RR, 1974 🌐 expoclaudiaandujar.ims.com.br #aLutaYanomami

A post shared by Instituto Moreira Salles (@imoreirasalles) on

Continua após a publicidade

Em 1970, ela se consagrou como fotógrafa ao registrar o cotidiano e luta diária do povo yanomami. Claudia voltou inúmeras vezes ao território para documentar a cultura da comunidade, ainda relativamente isolada. Seu trabalho chegou a ser um dos indicados ao Prêmio CLAUDIA.

“Claudia Andujar, La Lutte Yanomami” estará exposta em Paris até dia 10 de maio e depois deve seguir para a Itália, Suíça e Espanha.

Como se livrar das dívidas e multiplicar seu dinheiro

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.