Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Eliana Alves dá vida às palavras em histórias sobre ancestralidade

Ela foi vencedora do Prêmio Jabuti de 2022 na categoria de contos pela obra A Vestida, provando que a idade não é um empecilho

Por Sarah Brito
Atualizado em 19 ago 2023, 11h20 - Publicado em 19 ago 2023, 11h19
Eliana Alves Cruz, escritora de contos
Pensando que Conceição Evaristo publicou seu primeiro romance com a idade que eu tenho hoje. Veja a importância de uma geração se inspirar e conseguir puxar a outra" conta a escritora carioca aos 57 anos (Marta Azevedo/Reprodução)
Continua após publicidade

Aos 11 anos, ela já sonhava em seguir carreira nas palavras. O incentivo dos pais foi essencial para não deixar o projeto morrer no plano das ideias. Formou-se em jornalismo e foi assessora de comunicação numa confederação desportiva por quase 20 anos, onde pôde conhecer diversos atletas, acompanhar Olimpíadas Mundiais e viajar bastante: “Mas nada no universo é por acaso. Foi esse exercício diário [de escrita] que me fez ganhar superpoderes, podendo fazê-lo mesmo em um chão de rodoviária ou até sem internet. Essas ferramentas foram úteis para quando resolvi me enveredar de vez pela literatura”, conta Eliana Alves Cruz.

A virada oficial aconteceu em 2016, quando ela lançou seu primeiro livro, o romance Água de Barrela (2016). Aclamado pela crítica, ele também provou para ela que idade não é empecilho para nada: “Nessa ocasião, quebraram-se vários mitos, como, por exemplo, a pressa para fazer coisas até determinada idade. Eu acho isso extremamente inspirador para muitas mulheres, pensando que Conceição Evaristo publicou seu primeiro romance com a idade que eu tenho hoje”, compartilha, aos 57 anos.

E ela acrescenta: “Veja a importância de uma geração se inspirar e conseguir puxar a outra. Temos caminhado a passos largos, embora ainda falte uma grande estrada para o nosso futuro neste país.” 

Eliana Alvez com a estatueta do Jabuti, em 2022 na 65ª edição da premiação.
Em novembro de 2022, Eliana concorreu pela categoria de melhor conto, vencendo a premiação pela obra A Vestida (@elialvescruz Instagram/Reprodução)

Sete anos depois, mais três publicações e diversos textos em antologias, ela segue celebrando o Prêmio Jabuti 2022 por A Vestida (2022), seu primeiro livro de contos: “Quando anunciaram meu nome, eu parei por meio segundo e pensei, ‘Eu ganhei? Sim, eu ganhei!’ Demorou um pouco para cair a ficha, mas foi um momento bem especial, no qual senti um plano concretizado pela ancestralidade de um novo momento acontecendo para nós ali.” 

Continua após a publicidade

Agora, os sonhos de Eliana ambicionam a presença de mais mulheres como ela em lugares de reconhecimento. “Eu sou feliz com o que eu faço, e posso dizer para mulheres, mulheres negras e mulheres negras e maduras: você consegue mudar a sua trajetória, você pode.” 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.