Cannes 2024: os filmes brasileiros que marcam presença no festival
Documentário sobre a trajetória do presidente Lula e o drama LGBTQIA+ “Baby” são alguns dos destaques nacionais no festival
O Festival de Cannes é um dos eventos mais emblemáticos da sétima arte. Realizado anualmente na cidade litorânea do Sul da França, Cannes é uma das grandes prévias acerca do que está por vir na próxima temporada de premiações.
Não é à toa que, frequentemente, cineastas promissores, tendências cinematográficas e grandes clássicos do cinema são revelados nas salas de exibição do festival (como “Tudo Sobre Minha Mãe” de Pedro Almodóvar e “Pulp Fiction” de Quentin Tarantino, que além de terem sido exibidos pela primeira vez no festival, também venceram a Palma de Ouro, prêmio de maior prestígio em Cannes).
Neste ano, o evento acontece entre os dias 14 e 25 de maio. O melhor de tudo? Há inúmeras obras brasileiras representando o país na competição. A seguir, você confere os detalhes de cada uma delas:
1. Motel Destino
Indicado à Palma de Ouro, “Motel Destino”, dirigido por Karim Aïnouz (“A Vida Invisível”), é descrito como um thriller erótico. Com Iago Xavier, Nataly Rocha e Fabio Assunção como protagonistas, o longa gira em torno de um estabelecimento que serve como palco para jogos perigosos de desejo, poder e violência. Certa noite, a chegada de um jovem chamado Heraldo acaba potencializando ainda mais a aura densa do local.
2. Baby
Dirigido por Marcelo Caetano (Corpo Elétrico), ‘Baby‘ foi selecionado para a competição da mostra Semana da Crítica. Descrito como um “retrato vibrante de um jovem marginalizado que tenta sobreviver em São Paulo”, o filme acompanha Wellington, que após uma visita a um cinema pornô, conhece Ronaldo, que lhe ensina novas formas de levar a vida. Aos poucos, o relacionamento dos dois se transforma em uma paixão conflitante, oscilando entre a exploração e a proteção, o ciúme e a cumplicidade.
3. Lula
O documentário “Lula”, do vencedor do Oscar Oliver Stone, foi anunciado como um dos filmes que terão sessões especiais no festival. Descrita como “um retrato íntimo e revelador de uma das figuras políticas mais influentes do mundo”, a obra aborda a trajetória recente do presidente Lula, desde sua prisão até a sua vitória nas últimas eleições.
4. Amarela (curta-metragem)
“Amarela”, de André Hayato Saito, está presente na competição oficial de curtas de Cannes. A trama se passa no dia da final da Copa do Mundo de 1998 e segue Erika Oguihara, uma adolescente japonesa-brasileira que rejeita as tradições de sua família. No meio da crescente tensão durante a partida, Erika lida com uma violência aparentemente invisível e mergulha em um doloroso mar de emoções.
5. A Menina e o Pote (curta-metragem)
“A Menina e o Pote”, da pernambucana Valentina Homem, também foi selecionado para a mostra Semana da Crítica. No filme, que se passa em um mundo distópico, uma garota quebra seu pote de cerâmica, abrindo portais para um universo paralelo.
6. Bye Bye Brasil (Restauração)
A restauração de Bye Bye Brasil (1970), dirigido pelo alagoano Carlos Diegues, será apresentada na mostra Cannes Classics do festival. No filme, os artistas Salomé (Betty Faria), Lorde Cigano (José Wilker) e Andorinha cruzam o país, juntamente com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para o setor mais humilde da população brasileira que ainda não possui acesso à televisão.