Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Outubro Rosa: Revista em casa por 10,90

Conheça a história do estrogonofe

O prato nasceu na corte russa e ganhou popularidade por ser simples, rápido e muito gostoso

Por Da Redação
Atualizado em 2 ago 2020, 11h36 - Publicado em 2 ago 2020, 11h00
 (Arte/CLAUDIA)
Continua após publicidade

Picadinho, estrogonofe ou StrogAnoff?  A receita brasileira é melhor? Muitas perguntas para uma única resposta: é uma delícia.

A história do prato dá voltas no mundo, mas nasceu, como o nome sugere, na Rússia.

Os Stroganovs ou Strogonovs eram ricos e linhagem nobre. O palácio da família sobreviveu à Revolução de 1917 e hoje faz parte dos museus estaduais em São Petersburgo.  Os Stroganovs investiram em Arte e comércio, mas foi a receita de um prato de família, simples, rápido e gostoso, que os eternizou.

O palacio dos Stroganov
O palácio dos Stroganov (Fine Art Images/Heritage Images/Getty Images)

Há várias versões para a origem do prato. Os franceses garantem não é russo, porque seria uma adaptação local de um prato deles. Faz sentido, afinal toda família nobre russa tinha um chef francês e os Stoganovs não eram diferentes.

Continua após a publicidade

Nos anos 1700s, o Conde Grigory Stroganov estava com problemas dentários e, para que pudesse comer, o chef do palácio adaptou o tradicional fricassé de boeuf  (fricassé de carne), cortando em pequenas tiras e misturando a carne com um creme de leite tradicional russo. Tudo para facilitar a ingestão da comida. O acompanhamento era um caldo de legumes. Como foi feito para o conde, o prato foi batizado com o nome da família. Sim, também tem a versão de que, o nome do prato venha do verbo cortar, em russo, “strogat”, mas a mais aceita é a mesmo a da família Stroganov.

Grigory Alexandrovich Stroganov
Alexander Stroganov, que levou o prato para a França (Fine Art Images/Heritage Images/Getty Images)

De qualquer forma, o filho de Grigory, Alexander, durante uma visita a Paris, passou a receita para o chef Charles Brière, que incluiu o prato – “Bife Stroganoff” – em seu livro sobre a culinária russa, publicado em 1891. Embora Brière tenha se vendido como o autor do prato, uma publicação russa de trinta anos antes, cimenta a pretensão francesa de ser a original. No  livro “Presente para jovens esposas “, de 1861, a autora, Elena Molokhovets, incluiu a receita de um bife stroganoff com mostarda. Sim, bem mais simples do que conhecemos hoje.

Continua após a publicidade

O prato foi evoluindo e, em 1912, Pelagia Alexandrova-Ignatieva acrescentou nova textura à receita em seu “Guia prático da culinária básica”. Foi ela que incluiu cogumelos, cebolas e molho de tomate, além de servir com batata cozida, que é regra russa até hoje.

A Revolução Russa, em 1917, indiretamente exportou o prato para o exterior. Embora fosse de origem nobre, os bolcheviques o adotaram porque era simples (carne cortada, servida com o creme de leite).

O passo seguinte foi na China, para onde alguns emigrantes nobres russos fugiram, e o prato passou a ser servido com arroz também. Os americanos descobriram a “versão asiática” e a levaram para casa. Dizem que era o prato favorito de Abraham Lincoln, mas certamente era o de Charles Chaplin.

Continua após a publicidade
receita-estrogonofe-de-frango-com-creme-de-cebola
(Reprodução/CLAUDIA)

No Brasil, se serve com frango, carne vermelha e até camarão,  sempre com molho de tomate, creme de leite, cogumelos, arroz e batata palito.

Não tem dia especial para o estrogonofe no calendário. Até porque, estrogonofe é para qualquer dia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.