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Verdadeira Natureza, por Mariana Ferrão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Mariana Ferrão é jornalista, palestrante e CEO da Soul.me, empresa especializada em bem-estar, qualidade de vida e desenvolvimento humano. Aqui, marca um encontro quinzenal com as leitoras - e consigo mesma
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Simplesmente vá: quando o amor te chamar, não pergunte o caminho

Não se prenda no roteiro, leve apenas você na bagagem e vá! Simplesmente vá!

Por Mariana Ferrão
Atualizado em 25 nov 2022, 15h51 - Publicado em 13 abr 2022, 08h07

Estou escrevendo esta coluna dentro de uma Kombi. Ela tem fogão, botijão de gás, azulejos coloridos, frigobar, uma pia, luzes de natal penduradas na lateral e três ventiladores pequenos azuis que refrescam o ar quente a caminho do Vale do Catimbau, no sertão de Pernambuco.

O que estou fazendo aqui? Ainda não sei. Talvez descubra até o final deste texto. Mas posso contar como vim parar aqui: no meio da pandemia comecei a participar de um grupo que estava estudando o livro O Caminho do Artista – uma obra escrita pela Julia Cameron para ajudar pessoas a liberarem seu potencial criativo. O livro tem uma série de exercícios e propõe muitas reflexões e discussões interessantes sobre as razões pelas quais em algum momento da vida acabamos abandonando a nossa “arte”- seja a escrita, a pintura, a dança, a fotografia, o canto, etc… Por que deixamos de lado esta energia que faz nossos olhos brilharem, nosso coração se aquecer, nosso corpo inteiro vibrar de tesão pela vida?

O livro é simples e muito profundo. E, como já mencionei aqui no mês passado, nem todo mundo topa mergulhar. O grupo acabou se diluindo e sobraram 3 pessoas: eu, o Henrique e o Thiago – meus presentes “pandêmicos”, dois amigos que aprendo a amar cada dia mais, duas pessoas que honro ter conhecido e que, apenas por ter encontrado nesta vida, me sinto abençoada por demais. A gente se encontrava online, às quintas-feiras à noite e passava horas conversando sobre o livro e, especialmente, sobre a vida. Não sei mensurar o quanto eles me ajudaram, mas consigo sentir no peito a vontade que tenho de nunca perder esta amizade. Em janeiro deste ano, a gente decidiu que estava na hora de passarmos um tempo juntos, presencialmente. O Henrique passou a virada do ano com o Diogo, um educador pernambucano, professor de matemática intuitiva, terapeuta e criador de um movimento chamado “Aldeia Integrada” e disse: por que não aproveitamos e vamos todos encontrar o Diogo?

Diogo e Thiago também se conheciam. Eu não, mas mesmo assim topei na hora, mesmo sem saber o que faríamos ou para onde iríamos, exatamente. Lembro da alegria do dia em que compartilhamos no nosso grupo de whatsApp as nossas passagens aéreas. Vamos. Como diz o Fernando Rocha: “marca que chega.”

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Marcamos um encontro e aqui estamos na Kombi, a caminho do Vale do Catimbau. O porta-malas está lotado com nossas barracas e redes. Vamos dormir dentro de uma gruta de pedras em pleno sertão. Já vejo cactos pelas janelas. 

E aqui dentro o que vejo? O que sinto? Sinto meus olhos brilharem, o coração aquecido e o tesão pela vida! Eu não quis saber antes o que ia acontecer nesta viagem, não perguntei sobre o roteiro, qualquer spoiler poderia me distrair do essencial: estar presente, sentindo o caminho, os solavancos da Kombi e os sorrisos de gente feliz apenas por estar perto.

Ontem jantamos na casa do Diogo – uma casa deliciosa em Aldeia, na região metropolitana do Recife, cercada de mata nativa e sons da natureza. Um aluno do Diogo, o Leandro, que acabou de passar em oitavo lugar na faculdade de Medicina, cozinhou para nós. Ele nunca tinha feito comida vegana, passou o dia pesquisando e criou um cardápio de “comer sorrindo de tão bom” valorizando ingredientes locais –  simplesmente divino! A esposa do Diogo, a Lu, escreveu frases em pequenos papéis e colocou no prato de cada um para que a gente lesse antes de comer.

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A frase que eu li foi do Rubem Alves: “A alma é o lugar onde o amor guarda o que não aconteceu sob a forma de imaginação para que aconteça sempre”. Depois, a Lu perguntou qual era a intenção de cada um com a viagem. Ainda estou na cabeça com o que o Henrique falou: “Minha intenção aqui é celebrar o amor”.

Acabo de descobrir o que estou fazendo aqui nesta Kombi: estou celebrando o amor – este chamado que é mais que um convite e que guarda o que ainda não aconteceu na forma de imaginação para que aconteça sempre! 

Quando o amor te chamar, não pergunte o caminho, não se prenda no roteiro, leve apenas você na bagagem e vá! Simplesmente vá!

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