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Rachel Jordan

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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área
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Será que realmente sabemos o que a expressão a vida é um sopro?

Precisamos saber cultivar, saber regar amorosamente aquilo que plantamos e dar a real importância a cada coisa ou pessoa

Por Rachel Jordan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
5 out 2023, 07h42
A frase “A vida é um sopro” começou a ser cada vez mais propagada e se tornou um importante sinal de alerta. (Evie S./Unsplash)
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Nos últimos tempos, especialmente nos anos 2020 e 2021, quando vivemos o auge da pandemia de Covid-19, uma expressão “a vida é um sopro” se tornou recorrente e ganhou força em nossos ciclos familiar, social e virtual, via redes sociais, frente ao número assustador de perdas e de situações estarrecedoras ligadas à saúde que vivenciamos ao nosso redor.

A frase “A vida é um sopro” começou a ser cada vez mais propagada e se tornou um importante sinal de alerta para acontecimentos que podem mudar radicalmente nossas vidas, em questão de minutos, sem que tenhamos quaisquer condições de evitá-los. Mas, acreditem, é só quando vivemos algo que coloca a nossa vida em risco que entendemos o verdadeiro sentido dessa expressão.

Há cerca de um mês vivi uma experiência inesperada que me fez refletir muito sobre essa questão e entender, de fato, que realmente a vida é um sopro e que devemos valorizar cada minuto de nossa jornada e, principalmente, aqueles que realmente são importantes para nós. Durante o feriadão de 7 de setembro eu sofri uma queda que resultou em 11 costelas quebradas, uma ameaça de cirurgia, internação de uma semana e um tratamento de recuperação que ainda perdura.

Estávamos reunidos em uma comemoração familiar e a queda de uma escada de quase dois metros, a qual eu estou totalmente acostumada a subir e descer durante anos e anos de minha vida, foi tão assustadora que algumas pessoas, como meu marido e meu irmão, acharam que eu tivesse morrido, uma vez que perdi os sentidos e não conseguia responder aos apelos desesperados de cada um deles para que respondesse alguma coisa. 

Por isso, resolvi escrever sobre o que ocorreu comigo. Não para me colocar no lugar de vítima, mas para ressaltar para cada um (a) de vocês o quanto é importante dar o devido valor a quem nos enche de amor e de afeto, a quem nos acolhe e está ao nosso lado em qualquer situação. 

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E por que estou ressaltando um ponto que pode parecer óbvio? Porque muitas vezes somos sugadas por inúmeras demandas do cotidiano, pelo fato de nos sentirmos poderosas profissionalmente e darmos mais valor a determinadas coisas do que a nossa família. E tudo isso precisa ser repensado e ganhar o devido peso nessa balança chamada vida.

Eu me encontrava com a agenda lotada de clientes, cursos, palestras corporativas, lançamento de livro, noite de autógrafos, etc. E, do nada, de uma forma que até agora eu não consigo explicar como aconteceu, minha rotina de vida mudou completamente e tudo isso precisou entrar em compasso de espera. Onde quero chegar ao relatar tudo isso? Quero dizer que esse incidente, que quase tirou minha vida, me fez refletir sobre uma série de coisas.

É lógico que o nosso crescimento profissional, e os resultados que chegam em função do nosso trabalho, talento, garra e determinação, são importantíssimos e devemos valorizá-los. No entanto, entendi que tudo isso não pode ser mais importante do que as pessoas que amamos, que nos enchem de afeto e de amor. Pois são essas pessoas, de verdade, que estarão ao nosso lado, cuidando e protegendo em momentos como os que estou vivendo atualmente.

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Eu diria a vocês que o meu maior aprendizado diante de tudo que vivi, e que ainda estou vivendo em função dessa queda que literalmente tirou o meu chão, é que precisamos valorizar as pessoas que nos fazem ter um propósito de viver. É ter clareza de que não conseguimos ter, mesmo tendo a ilusão de que sim, o controle total da nossa vida. Minha gente, a verdade é que senti na própria pele o quanto em questão de segundos tudo pode se transformar. 

Precisamos saber cultivar, saber regar amorosamente aquilo que plantamos e dar a real importância a cada coisa ou pessoa. Eu me sinto muito grata, pois essa é a terceira vez que vivo uma história de superação. Tive dois cânceres e agora estou vivenciando essa experiência. Muitas vezes a vida dá sinais, mas nos recusamos a enxergar, não damos a devida atenção. 

Tenho repensado tudo isso: minha vida, minha agenda de trabalho, o quanto em algumas situações preciso aprender a dizer não para não transformar a minha vida numa loucura e, em função disso, me afastar das pessoas que amo. Quero ressaltar, ainda, as inúmeras demonstrações de afeto e carinho que recebi de amigos, clientes, alunos, seguidores e de pessoas que sequer conheço, mas que foram muito solidárias me desejando saúde e ótima recuperação.

Todo esse pacote de emoções que vivenciei, e todo amor, afeto e carinho que recebi de diferentes formas, só fortalecem ainda mais cada reflexão que tenho feito sobre a vida e seus desdobramentos. Trabalhar, ter sucesso profissional e ser reconhecida é muito importante, sim, mas viver é ainda mais. Então precisamos ter sabedoria e bom senso para equilibrar essa balança. Dar o devido valor a cada coisa e não nos esquecermos de que, sim, a vida é um sopro.

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