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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área
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O que a maquiagem é para você: padrão de beleza ou autocuidado?

Por que precisamos continuar nos submetendo a determinado grau de aceitação se isso nos impacta negativamente e fere nossa autoestima?

Por Rachel Jordan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 nov 2023, 13h22

As mudanças sociais que aconteceram nas últimas décadas têm aberto um novo horizonte para o universo feminino. Muitos séculos se passaram e muitas batalhas foram e continuam sendo travadas para que nós, mulheres, consigamos nos libertar dos incontáveis padrões impostos pela sociedade, alguns até com uma pegada fortemente opressora que muitas vezes nos excluem em situações diversas. 

E a beleza sempre foi um padrão do qual as mulheres se tornaram reféns por diferentes motivos. Muitas vezes, não nos damos o devido valor pelo simples fato de não nos enquadrarmos nos critérios de beleza estabelecidos pela sociedade.

Felizmente, muita coisa mudou e inúmeros avanços foram conquistados. Hoje temos clareza de que a beleza é uma construção social que nos é imposta de acordo com os conceitos estabelecidos em cada época. 

Claro que ainda existe muita discussão e imposição em relação ao padrão de beleza tido como ideal. Mas, nesse momento, temos mais conhecimento, consciência e poder para fazer nossas próprias escolhas, apesar de continuarmos a ser julgadas por isso.

O padrão eurocêntrico ainda é visto como referência por muitas pessoas como o da beleza ideal. 

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No entanto, a diversidade tem nos mostrado que cada mulher é dona de uma beleza única, independentemente de sua raça, e que devemos saber respeitar as diferenças e as escolhas feitas por cada uma delas.

Sim, temos consciência de que, apesar de todos os avanços, a aparência continua sendo socialmente um ponto relevante de aceitação, especialmente pelos homens em função do patriarcado. 

E isso explica todos os sacrifícios aos quais muitas de nós ainda nos submetemos, algumas vezes pondo em risco nossas vidas, para sermos aceitas e não invisibilizadas pela sociedade.

As transformações ocorridas ainda não foram capazes de pôr um fim à pressão em torno de um determinado padrão estético. Por isso, a chamada indústria da beleza continua dando as cartas para muitas mulheres que, até de forma inconsciente, continuam se rendendo às imposições para se sentirem bonitas e desejáveis.

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Nos últimos anos, temos visto alguns movimentos de celebridades e de ativistas femininas dando um basta à chamada “ditadura” da maquiagem, ferramenta utilizada para, em alguns casos, atingir determinado padrão de beleza.

A atriz Pamela Anderson, por exemplo, surpreendeu a muitos e provocou repercussão internacional recentemente ao chegar à Paris Fashion Week sem maquiagem.

Tal atitude, no lugar de ser criticada e questionada nas mídias por algumas mulheres, deveria ser aplaudida como um ato de liberdade aos padrões estabelecidos. Ela não é a única. Diversas artistas brasileiras têm postado fotos sem maquiagem e falado sobre a questão.

Cada mulher deve realizar aquilo que a faz se sentir bem e feliz consigo mesma, e não para atender à expectativa do outro. Mas sabemos que muitas de nós ainda não nos sentimos seguras, como foi o caso de Pamela Anderson, para ir a um evento social considerado importante sem maquiagem e expondo nossa beleza de forma natural sem nos importarmos com as possíveis críticas às nossas características físicas. 

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Importante ressaltar que minha proposta nesse artigo não é o de questionar quem usa ou não maquiagem. Como pontuei acima, somos livres para fazer nossas escolhas, desde que isso não seja uma imposição que nos cause sofrimento e impacte nossa autoestima.

Se você escolhe usar maquiagem no dia a dia ou ir a um evento maquiada porque isso te deixa feliz, e não por uma obrigação social, isso é ótimo e deve ser respeitado. Só precisamos ter total clareza desse ponto, pois ele é extremamente relevante.

A grande questão é que como muitas mulheres não consideram seus rostos suficientemente bonitos para serem aceitos de forma natural, muitas vezes recorrem à maquiagem como uma estratégia para atingir o padrão estabelecido e serem aceitas. Isso, sim, deveria ser repensado.

Por que precisamos continuar nos submetendo a determinado grau de aceitação se isso nos impacta negativamente e fere nossa autoestima?

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O ponto que trago para reflexão é de que nós precisamos ser bonitas e seguras internamente, só assim estaremos prontas para fazer nossas escolhas e sermos aceitas socialmente pelas nossas atitudes.

Ter a total clareza de que queremos ou não usar maquiagem por uma escolha nossa é a chave que devemos virar para nos sentirmos livres de qualquer opressão imposta pelo machismo ou pela indústria da beleza.

Sei que refletir sobre esse assunto para algumas pode parecer bobagem, mas acreditem, não é. Pois não é o uso da maquiagem em si, mas tudo que essa escolha representa para nós.

E você, como vê a maquiagem, como estratégia de beleza ou como autocuidado? 

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Beleza X Autocuidado – Muitas mulheres já se sentem livres para escolher cosméticos que promovam simplesmente o autocuidado. Afinal, existem produtos que embora deixem a mulher mais bonita, promovem o autocuidado na saúde feminina. É o caso, por exemplo, de alguns protetores solares, que além de ajudar a evitar doenças como o câncer de pele, deixam a face mais iluminada e com aspecto saudável. Você se preocupa em promover seu autocuidado?

Maquiagem com pegada natural – Não são poucas as marcas que estão atentas às novas demandas femininas. Muitas mulheres que gostam de estar maquiadas por se sentirem melhor desta forma, têm optado por produtos mais sustentáveis que não agridam a pele e causem problemas como irritação a alergias. Se você se inclui nesse grupo, está fazendo uma escolha consciente e pensando em você em primeiro lugar. E isso, sem dúvida alguma, é o mais importante. Estar feliz consigo mesma e com as suas escolhas. 

Padrão ideal – É importante termos a perfeita noção de que não existe um padrão ideal, cada mulher é única e deve se valorizar pelo que é. Não se sinta inferior a ninguém e obrigada a seguir determinados padrões impostos pela sociedade para ser aceita. O padrão ideal é o seu, é aquilo que te faz bem e segura consigo mesma com ou sem maquiagem. 

Imagem e atitude – Não há dúvida de que transmitir uma boa imagem, seja ela profissional ou pessoal, é um desejo de qualquer mulher que se respeita e que deseja ser respeitada. Mas existe uma linha tênue entre o que buscamos no que diz respeito a nossa imagem para o mundo externo. Claro que ninguém quer ser vista como uma mulher desleixada, que não se cuida. O que faz diferença é a sua atitude. Ter uma imagem positiva deve ser importante primeiramente para você, para aquilo que espera de si mesma. Quando temos essa clareza, não permitimos que nos imponham padrões que não tenham a ver com a nossa essência. A nossa beleza está no que desejamos ser e não no que esperam que sejamos para atender a um padrão social. 

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