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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área
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Como lidar com a fobia social no mundo pós-Covid?

A colunista Rachel Jordan propõe algumas reflexões para quem está com medo de retornar às atividades presenciais

Por Rachel Jordan
30 nov 2021, 11h54

Enquanto vivíamos inúmeras limitações no auge do isolamento social ocorrido em 2020, e em parte deste ano, nossa sensação era a de estarmos mergulhadas (os) em um mar de incertezas sobre o futuro.

Naquele momento, coisas simples do nosso cotidiano pareciam impossíveis de serem realizadas. Sofremos, mas também aprendemos muito com aquele período. E, em meio a toda perplexidade daquele turbilhão de acontecimentos, o sentimento que muitas (os) de nós compartilhávamos era o mesmo: o desejo de sair de casa, de voltar a “viver”.

A possibilidade de poder encontrar, abraçar e conversar pessoalmente com familiares, amigos e colegas de trabalho parecia um sonho distante diante do cenário de sofrimento e perdas causados pela crise sanitária.

Mas, aos poucos, finalmente o “sonho” voltou a ser realidade. Com os índices de infecção por Covid-19 cada vez mais baixos no Brasil, estamos vivendo a possibilidade de realizar, ainda com alguns cuidados, muito do que desejamos durante aquele período.

O problema é que, diante da perspectiva concreta de voltar a tocar a vida como antes, muitas pessoas estão se deparando com uma questão que, dependendo do grau de intensidade, pode ser preocupante: o medo de voltar a interagir socialmente.

Enquanto a maioria das pessoas está celebrando esse momento de retorno às atividades sociais e profissionais, existem aqueles que estão muitos assustados e com medo, preferindo se manter numa espécie de isolamento voluntário.

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Os especialistas têm alertado que esse comportamento pode indicar uma espécie de fobia social que, inicialmente, pode ser encarada como natural, já que passamos por situações muito difíceis com a pandemia. Porém, também pode vir a se caracterizar como algo mais grave se a sensação de ansiedade, medo e angústia de se relacionar socialmente não diminuir em algum tempo.

É claro que ainda temos receios e evitamos algumas situações como aglomerações, locais fechados que tenham abolido os protocolos de segurança ou algo que nos deixe inseguros de alguma forma. Mas o fato é que, com os devidos cuidados, precisamos voltar a viver, a socializar.

Tudo ainda parece muito novo para alguns. Uma simples ida ao cabeleireiro ou barbeiro, por exemplo, pode ser motivo de ansiedade e de medo. Outras pessoas estão encontrando dificuldades para voltar a se relacionar presencialmente na universidade ou na escola.

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Para muitos profissionais, voltar a trabalhar presencialmente tem sido um grande problema. Não são poucos os que, temendo o contato social, pensam até na possibilidade de buscar novas oportunidades em empresas que tenham adotado o Home Office como modelo definitivo.

Mas, afinal, o que é exatamente fobia social e como podemos reconhecer se estamos sendo vítimas desse transtorno?

De uma forma bem simples, podemos dizer que a fobia social é um transtorno mental que se caracteriza por um temor exagerado, quase irracional, que impede uma pessoa de sair de casa até para realizar demandas simples do dia a dia ou cumprir compromissos profissionais ou pessoais. Vem acompanhado de problemas físicos que podem para paralisar ou prejudicar o andamento normal da vida de uma pessoa.

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E você, como está se sentindo e se comportando diante da reabertura das atividades?

Abaixo proponho algumas reflexões para quem está sentindo dificuldades de conviver socialmente nesse recomeço.

Superação – Não há dúvidas de que a pandemia provocou traumas em milhares de pessoas; em alguns, de forma mais intensa, em função da perda de familiares e amigos; em outros, por ter sido contaminado ou pela pela perda do emprego. Embora não seja fácil, é preciso aprender a lidar com os próprios medos, enfrentar esses sentimentos que nos paralisam. Persistência e suporte afetivo de familiares e amigos são fundamentais para superar esse bloqueio de se relacionar e voltar a se sentir parte do contexto social.

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Sinais de alerta – De acordo com especialistas, a fobia social, também chamada de transtorno de ansiedade social, pode apresentar sintomas físicos como tensão muscular, batimento cardíaco acelerado, náuseas e dor no estômago, entre outros. Se você está percebendo que seu medo de conviver socialmente está ultrapassando os limites da normalidade, procure o apoio de um especialista para ajudar a resolver o problema.

Antissocial – Mesmo antes da pandemia, muitas pessoas já apresentavam dificuldades para se relacionar em função de fatores como timidez, insegurança ou receio de ser rejeitado, ou julgado, social ou profissionalmente. O confinamento, na verdade, só ampliou esse sentimento que já se fazia presente em alguns. Se você se encaixa nesse perfil, o primeiro passo é tentar confiar mais você, nas pessoas que te cercam e se inserir em grupos ou atividades que tragam conforto, compreensão e acolhimento para superar essa barreira com mais segurança.

Processo natural – Tente encarar esse retorno ao convívio social como algo natural. Estamos todos passando por um processo de readaptação, então é natural que num primeiro momento enfrentemos algumas barreiras. Tente construir com você mesma (o) uma relação de confiança, se permita ir vencendo seus limites devagar. Não adianta, por exemplo, ir a um lugar com muita gente só para provar que é capaz de vencer o medo. Vá, aos poucos, criando situações que te deixem confortável e segura (o) para interagir.

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