Cidades MIL defende espaços com letramento midiático de crianças e jovens
Iniciativa da Unesco pretende empoderar os jovens a serem mais críticos e proativos na defesa de seus direitos
Já ouviu falar no conceito de Cidades MIL (Media and Information Literate Cities)? Essa iniciativa global, criada pela Unesco, propõe que as cidades sejam espaços capazes de formar cidadãos informados e engajados, através do letramento midiático e informacional. É uma evolução da ideia de smart cities, que surgiu nos anos 2010.
O desenvolvimento da tecnologia ampliou o nosso acesso à informação. Mas para acessar e compartilhar esse enorme fluxo de informação, precisamos ser responsáveis. Por isso, a educação midiática é considerada uma competência crucial para os dias de hoje. A proposta da MIL Alliance é fazer com que as cidades facilitem o desenvolvimento dessa habilidade.
Em um mundo onde as fake news e a desinformação se propagam rapidamente, a população precisa ter a capacidade de interpretação crítica das mídias. É isso que a iniciativa Cidades MIL propõe: formar indivíduos que saibam navegar no vasto fluxo de informações do mundo digital e físico.
“As plataformas digitais, tais como Facebook, X, TikTok, Instagram, se atualizam dia ou noite. É necessário compreender e ensinar como exercer a cidadania nesses novos contextos, aprender a defender a democracia, como manter nossas famílias e cuidar do meio ambiente, crescer profissionalmente, defender nossos direitos, saber o papel das corporações e plataformas digitais”, escreveram os professores Felipe Chibás Ortiz, Júlio César Suzuki, e Rita de Cássia Marques Lima de Castro, no livro Cidades MIL: além da Inteligência Artificial (IA) e a Inovação Social com ESG e Agenda 2030.
O conceito das Cidades MIL vai além da tecnologia. Ele busca criar uma sociedade híbrida onde o digital e o físico coexistam em harmonia. Esse equilíbrio é crucial para garantir que todos, independentemente de sua condição socioeconômica, tenham as mesmas oportunidades de acesso à informação e possam participar ativamente nas decisões que impactam suas vidas.
A Aliança MIL, da Unesco, aponta cinco principais agentes para que a mudança aconteça: os governos, as escolas (aqui estão incluídos todos os níveis), as empresas, os cidadãos e os artistas. Às escolas, cabe ensinar aos alunos como acessar e avaliar as notícias, incentivar o pensamento crítico, ajudar os alunos a desenvolver habilidades tecnológicas, fomento assim uma cultura de alfabetização midiática.
Todos esses pontos vão totalmente ao encontro do propósito dos jornais Joca e Tino Econômico, as duas publicações para crianças e jovens que criamos aqui na Magia de Ler. Nossa crença é que para o público jovem, esse letramento midiático é poderoso e fundamental para o futuro do nosso país.
Entre os benefícios que a proposta de Cidades MIL pode trazer para os jovens estão:
- Consumo consciente: educa os jovens para serem consumidores e produtores conscientes de informação. Isso envolve não apenas o acesso, mas também a capacidade de analisar, avaliar e usar essas informações de maneira crítica e responsável, evitando a propagação de fake news e desinformação.
- Engajamento cívico: Incentiva a participação ativa na vida pública e nas decisões cívicas por entenderem melhor os processos políticos e sociais.
- Combate à desinformação: Ensina a usar ferramentas e estratégias para verificar a veracidade das informações e identificar notícias falsas e informações manipuladas.
- Inclusão digital e social: as Cidades MIL também se preocupam em garantir que os jovens, independentemente de suas origens socioeconômicas, tenham acesso equitativo à informação e aos meios digitais.
- Cidadania Global: Ao se focar em uma alfabetização informacional abrangente, as Cidades MIL preparam os jovens para se tornarem cidadãos globais. Isso envolve a compreensão de questões globais, como mudanças climáticas, direitos humanos, e o papel da mídia na promoção de diálogos interculturais e na construção de sociedades mais inclusivas e democráticas.
Com cidadãos mais educados e bem-informado toda a sociedade ganha. Essa é a minha crença e o que alimenta meu propósito. Por isso, considero muito importante essa iniciativa da Unesco. Seguirei fazendo a minha parte para ajudar nessa missão.
*Com reportagem de Silvia Balieiro.
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