PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

Sofia Menegon

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Sofia Menegon é feminista, idealizadora da podcast Louva a Deusa e consultora em relacionamento e sexualidade

O “B” da questão: a visibilidade bissexual em pauta

A bissexualidade escancara a fluidez que nos habita e nos convida a olhar para gêneros enquanto construções sociais

Por Sofia Menegon
15 set 2022, 09h34
bissexualidade
Em setembro, mês da visibilidade bissexual, que ocupemos nosso espaço. (Viktoriia Miroshnikova/Getty Images)
Continua após publicidade

Onde cabe o B da questão? Como fazer valer essa identidade sexual frequentemente apagada referencial e cotidianamente? Essas são questões que emergem a cada setembro, mês da visibilidade bissexual.

Há no nosso imaginário a ideia de que se deve firmar laços com uma única pessoa, se interessar por um único gênero, performar sempre uma única identidade. Somos uma sociedade fissurada por aquilo que é mono. Monogamia, monocultura, monossexualidade. Qualquer outra vivência é posta em um entrelugar. Inclusive dentro da própria comunidade LGBTQIAP+.

Ou lésbicas ou heterossexuais. Quantas referências bissexuais não tiveram sua orientação alterada para ocupar um desses espaços? Quantas de nós não preferimos simplesmente aceitar o rótulo da vez para evitar a fadiga? Eu já. Inúmeras vezes.

Porque quando saímos com héteros, somos fetichizadas. Quando saímos com lésbicas, somos imediatamente interrogadas. À mulher bissexual cabem duas alternativas: servir ao outro ou não servir de nada.

Nenhuma “carteirinha” é tão solicitada quanto a nossa. Se é bi, precisa provar. Mas não adianta beijar mulheres na balada, porque isso é coisa de “bi festinha”. Também não vale só se sentir atraída por outros gêneros, precisa assumir compromisso. E quando assumimos compromisso, nossa lealdade logo é colocada em xeque. 

Continua após a publicidade

A bissexualidade escancara a fluidez que nos habita. Nos convida a olhar para gêneros enquanto construções sociais. Permite que separemos a atração sexual da romântica-afetiva. Estremece a rigidez incrustada na nossa cultura judaico-cristã e patriarcal.  Talvez more aí a razão de tamanho apagamento.

Nos resta uma única saída: ocupar. Ocupemos, então, esse espaço que não nos é concedido, mas que também é nosso. O “b” da questão está posto e precisa ser visto.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.