Quando somos a vilã: como encarar a culpa de errar com quem amamos
Desta vez, a Ministra do Namoro, Martchela, levanta uma nova bandeira sobre o autoconhecimento na vida das mulheres: o direito de errar!
Esse último final de semana “a grande ficha caiu”… Eu errei! E quando a gente erra? Demorei muito para entender que, às vezes, erramos MESMO. Um erro feio. Crasso. Humano.
Às vezes, somos o vilão na história de alguém. Às vezes, somos o vilão sem querer e as vezes por querer. E temos que aceitar, reconhecer o impacto que causamos. Mas e quando a gente erra e demora para perceber? Quando a ficha só cai depois, e o arrependimento chega tarde? Sim, eu errei. E eu assumo.
Na minha vida, sempre foi assim: se erro às 8 da manhã, às 18h30 já estou pagando. É fácil ser o bonzinho, aquele que sofre as injustiças do mundo. Mas e quando a gente erra e machuca?
Percebo que, por muito tempo, vivi num pedestal, apontando os erros dos outros, especialmente dos caras. E confesso que, às vezes, esqueci de olhar para os meus próprios erros. Às vezes, erramos com quem amamos.
Outras vezes, erramos com quem não conhecemos. E isso não diminui o peso de um ou de outro. Um erro que parece bobo pode ser muito dolorido e devastador. E, às vezes, um erro que parece pequeno se transforma em algo colossal, que segue conosco por muito tempo.
Quando erro, vivo um luto. Mas a verdade é que isso não diminui nada. Errei, erro, e vou continuar errando, porque sou humano. E dói. Sangra todos os dias. Mas também sei que é corajoso aceitar esse erro. Colocar no peito a “medalha de errante”, abaixar a cabeça com humildade e seguir. E dói seguir, mas não há outra saída.
Não há nada mais corajoso do que aceitar seu erro e continuar. Mesmo que demore para perceber o que aconteceu, é preciso muita força para encarar nossas falhas de frente. A dor de errar nos humaniza; ela nos lembra que não somos tão especiais assim.
Mas o que fazemos depois do erro é o que realmente importa. Que aceitemos os erros pequenos e colossais. Que aprendamos a pedir humildemente desculpas mesmo que não recebamos o perdão.
Há erros que impossibilitam o perdão e, às vezes, perdoar é possível. Mesmo assim, isso não muda nada. Ser perdoado é apenas um pacto celestial de “Tudo bem, vamos seguir e diminuir a mágoa”.
Espero que vocês também possam, um dia, encarar seus erros. Que possam sentir essa dor que humaniza e que nos desafia a sermos melhores. Peço desculpas a todos que magoei, a todos que, de alguma forma, feri sem querer.
Sei que isso não apaga meus erros, mas talvez possa apaziguar o coração. E o coração daqueles que amo, daqueles que nem conheço, mas que, de alguma forma, cruzei o caminho como em um acidente.
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