Precisamos falar sobre bullying na vida adulta
O bullying é um jogo silencioso: a gente finge que não sabe, mas sabe...
A realidade precisa ser falada: sofremos bullying na vida adulta. Se merecemos por alguma ocasião, não sei, mas sou adepta de conversas duras e difíceis. Aquela amiga que parou de responder, os convites que ficaram escassos, aquela cutucada embaixo da mesa, os olhares, um ar diferente… A gente sabe quando somos esnobadas. Sabemos, também, quando não somos bem-vindas, seja por uma fofoca ou uma verdade mal contada.
Há umas três pessoas com quem, se pudesse, marcaria um dia de briga. Sem intervalos. Faria um desabafo cheio de baixarias até apaziguar, curar feridas, estancar o sangue e a raiva, para então viver uma quase normalidade, porém, educada e principalmente VERDADEIRA.
Não adianta fingir ser adulto, ser profissional, gritar para deus e o mundo quanta inteligência emocional se tem, se você claramente faz o oposto. Está ali, visível para todos reparam em luzes neon.
É infantil bloquear pessoas de espaços, principalmente quando você tem, sim, culpa no cartório. Mas não sou eu quem vai contar… O vento sopra.
As pessoas já têm medo suficiente de mim por eu ter uma caneta e um microfone. Poderia espalhar para a cidade o calhorda que você foi e é, mas não sujo minhas mãos; nisso, aprendi com a idade. Já você… foge como um covarde. Quando confrontado, não responde; quando ignorado, faz escândalo. O que você realmente quer?
Pessoas mudaram de cidade porque sua boca seca colocou todos contra elas. Eu observo, e meus santos me protegem. Também acredito em erros e reparação. E você? Se um erra e você continua errando, qual o peso dessa balança? Às vezes, a idade adulta é só a continuação de uma 5ª série B, mas bem mais arrumada e com perfumes chiques. Contrariando sua índole.
No fundo, será que evoluímos tanto assim? Nos escondemos atrás de títulos, de formalidades, de aparências bem montadas, mas quando a luz apaga e o barulho cessa, as mesmas inseguranças da infância aparecem. Medo de ser deixado de lado, de não ser aceito, de ser exposto. Somos só crianças grandes, brincando de ser adultos.
E, nessa brincadeira, machucamos e somos machucados. Levamos para o lado pessoal, criamos rivalidades, guardamos rancores que nem sempre sabemos de onde vieram. Como se estivéssemos presos em um ciclo que ninguém tem coragem de quebrar. Quem será o primeiro a estender a mão? Quem será o primeiro a admitir que talvez, só talvez, a razão não seja tão importante quanto a paz?
Não sei o que o futuro reserva, mas sei que o passado ensina. Se errei, eu reparo. Estou aqui para errar, não será o outro que dominará meu erro. Erro. Aprendo. E, na próxima, erro melhor. Mas uma qualidade eu tenho: lealdade a quem esteve comigo. Que a gente evolua! E na próxima estejamos na 6ª série A.
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