Eu sinto muito…
Meus poemas são ruins, assim como o silêncio do seu pijama que ficou comigo
Eu queria dizer que não foi justo você se ausentar.
Não foi justo me jogar na fogueira e se esquivar.
Não foi justo.
Eu queria te dizer e não digo.
Sinto, mas não digo.
A vida tomou caminhos inesperados.
Um susto.
Um tiroteio que passou do lado e não atingiu, mas deixou marcas.
Já desisti de esquecer.
Já aceitei que terei que conviver com a falta de respostas, de alívio, e, assim mesmo, continuar vivendo.
Afinal, eu não sou mais especial que ninguém nessa vida, e há tantas pessoas por aí sem respostas, esperando um amor que talvez nunca volte.
Que sonham que os destinos se encontrem lá na frente. Eu não sou especial.
Nem gostaria de ser.
Penso que não seria justo com você, e muito menos comigo, uma espera sem data.
Assim como eu me intrigo sobre as tomadas no teto do meu novo apartamento, que provavelmente não terão respostas, eu me acostumo com o silêncio.
Mentira.
O silêncio grita muito mais alto que qualquer voz por aí.
Este texto não é um texto de amor.
Ou talvez seja…
Nunca fui boa em matemática, eu te diria.
Você diria que sou poeta.
Meus poemas são ruins, assim como o silêncio do seu pijama que ficou comigo.
Sabia que tem sua inicial na parte de trás?
Eu sorrio, mas não queria sorrir.
O sorriso me mostra uma esperança que tenho tentado afogar há algum tempo.
Eu sou péssima em matar sentimentos. Eles voltam.
Assim como os Gremlins que eu vivo mencionando. Você ria.
Ao mesmo tempo, me sinto ridícula. Mas, igual àquela vez que lemos poemas e descobrimos que só os ridículos amam, fomos ridículos.
Por que eu não poderia continuar sendo?
Tento apaziguar a carrasca que vive em mim.
Deixa doer.
Não cessa.
Eu sinto muito.
Se eu pudesse te dizer, mas não digo, eu diria: “Eu sinto muito”.
Sinto tanto você.
Eu sinto e não paro de sentir.
Mas, como eu disse, este não é um texto de amor…
Mas poderia.
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