Quem será o próximo a me decepcionar?
Mesmo que tenha o finito na minha cara, ainda vou sofrer os desencantos de quem eu imaginava que me apoiava
Fiquei remoendo essa frase… forte e atual em tempos de traições. Não precisa ser um pé na bunda amoroso. Tem muitas rasteiras. Na maturidade vem com força a inveja alheia. A amiga que não conseguiu fazer o dever de casa e olha você, que também não está uma Brastemp, mas economizou uma graninha, manteve o peso da juventude e conseguiu um certo sucesso profissional, e isso já vira sangue nos olhos.
Tenho reparado tanta madura “ soi disant” fofa, empática, compreensiva fazendo a Falsiane. Dói. Mesmo que tenhamos virado cascudas, essa inveja alheia ainda perturba. Gentem, já estamos dobrando o cabo da boa esperança e rola ainda essas pernadas? Quem, na fila do pão da sua vidinha, vai te decepcionar? Dei pra enfileirar e antecipar essas tristezas cotidianas.
Fico vuduzando quem vai me sacanear logo, logo. Aquela que se dizia sua amiga, destila venenos. O cara que você dormiu por anos, inveja sua potência criativa. Parentes que pareciam estar ao seu lado, estouram balas bélicas nas trincheiras da vida. Penso com meus botões: até quando? Acho que é da vida esse “a grama do vizinho ser sempre mais atraente”. O problema é quando você é o alvo.
Estou me preparando para esse terceiro ato da vida e percebo que mesmo que tenha o finito na minha cara, ainda vou sofrer os desencantos de quem eu imaginava que me apoiava. No frigir dos ovos é fazer um omelete bem gostoso, abrir um vinho, esquentar uma focaccia e comer sozinha. Já sabemos que quando o assunto é se lambuzar de acertos, o melhor é não ter ninguém por perto. Só você!