PUTZ, PUTIN!
Encarar a frieza da Rússia na guerra contra Ucrânia não tem sido fácil
Imaginar que eu sempre adorei russo. Não falo de strogonoff. A cultura, a língua, a vodca, a história. Mas acompanhando em 4K a escalada de sandices e maldades deste governante que se acha um herdeiro dos grandes czares, está osso de manter meu afeto. Nunca fui com a cara dele. Repare uma coisa. Putin tem a face bege. Não sabemos se ele está irado, cansado, feliz. É a mesma testa de cera, meio esticada por produtos feitos à base de caviar né? E sua idade? Tem 52, 65, ou 70?
E eu nunca acreditei muito naquelas demonstrações de macheza e virilidade. O cara andando pelos pampas gelados, sem camisa, montado num cavalo. O bofe dançando músicas típicas de sua região naquelas agachadas meio carnavalescas. Isso sem falar nele beijando criancinhas, o clássico dos políticos.
Mas encarar a sua frieza neste rolo da Ucrânia tem sido “punk”. Isso que nem me lembrava da anexação da Criméia; da ajuda à guerra da Síria e da aproximação com a escória mundial antiamericana, sobretudo quando Trump deu adeus à Casa Branca.
Não sei se tem mulher, não conheço seus filhos, não sei como dorme a noite. Aliás, se dorme. Deve ser um zumbi que bebe sangue num clima vampiresco da Transilvânia. Mas, pelo jeito, ainda vamos ter que aguentar esse ditador branquelo com seu olhar vitrificado. Está há 22 anos no poder e não pensa em largar o osso. Disse que é elegível até 2036. “Putin que pariu” dirão os menos elegantes. Eu, aqui em Ipanema, berro “Putin grila. Vai vazar não?”