Eu me amo. Talvez Kate Spade e Anthony Bordain não. Leviano falar isso de duas pessoas que – segundo a mídia – se suicidaram recentemente. Ligo isso ao Dia dos Namorados, comemorado ontem (12). Amor-próprio: esquecemos quase sempre dele. Mas o que será que está acontecendo com a população atual? A tecnologia piorou tudo? A correria diminuiu a sensação do tempo vivido?
Eu, tempos atrás, fiz um talkshow debatendo o tema de pessoas que se mataram. Em minha família tenho um caso, de uma madrinha linda, leve e solta que, um dia, pulou da janela. Deixou a casa florida, pagou adiantado dois meses de aluguel, escreveu uma carta para a polícia inocentando a todos. E nós nunca percebemos nada. Esse incômodo me acompanha sempre que o assunto volta à baila. E no meu mundinho, tento pensar no porquê de tudo isso.
Kate era bem sucedida, linda, criativa. Bourdain idem. Ambos já davam alguns sinais de angústia, mas quem nunca? Então fica a dica. Valorize-se, se acarinhe, se ache a última Coca-Cola do deserto e converse, peça ajuda, se trate. Comece falando todos os dias para seu espelho: eu me amo, eu me amo, eu me amo. Ridículo? Não acho. O que está faltando é auto-valorização. Beijinho no ombro e vamos falar mais sobre o assunto?
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