Houve quem suspirasse pela longa, complexa e arrastada história de amor entre Carlos (Charles) e Camilla. Eu pensei comigo: deve ter uma macumbeira top nos arredores do palácio. A espera foi recompensada com coroa, cetro e um colar de diamantes que reduziria a nada os meus boletos. Eu não curto a monarquia. Já gostei.
Fiz História na faculdade e tenho tara em Dom João VI. Aquele fez Napoleão de palhaço e, mesmo sendo taxado de bufão, pra mim era um gênio. Já o ex-príncipe me parece boneco de cera do Madame Tussauds. Achei tudo tão Sapucaí. As Kates – Perry e Middleton – pareciam antagonistas. Uma tão atrapalhada e a outra tão estudada. Gostei mesmo da menina demônia com olhar de Wandinha e ar posudo da avó. Grava aí: Charlotte vai vingar Diana tocando o terror nos campos ingleses. Tem fleuma, porte, uma certa ira real.
A Anne, irmã rabugenta montada naquele cavalo, deu um show. Sempre foi meio fora da casinha e essa atitude esportista, meio out de obas e olás ,super me agrada. Tá nem aí, como dizem os sertanejos. Mas, voltando para a outra, a Camilla fez cabelo, barba e bigode. Devia estar com aquele risinho sarcástico de canto de boca no maior sorriso-escárnio. A mulher não só ficou com amor de sua vida, garfou o viúvo mais célebre do mundo e se casou de papel passado e com aval da Betinha. Quem pode querer mais? Ainda colocou as irmãs no cortejo; os netos na sacada e foi vestida de virgem com direito a vestido bordado. Sorry periferia… Ademã que eu vou em frente.