O homem maduro anda calado. Sempre foi. Mas diante da verborragia feminina nos “enta”, eles ficaram para trás. Tenho percebido que nas rodinhas sobre temas espinhosos, como luto, sexo, grana, eles riem amarelo ou permanecem com suas convicções de outrora.
Todos comem todo mundo. Todos têm emprego. Todos estão bem de saúde. Não pensam em cuidados com os mais velhos de sua família. Não vou generalizar: quase todos. Tem a turma que reflete, pensa, mas não age.
É uma falação sem fim, mas na hora do vamos ver, necadepitibiriba. E eu fico cá com os meus botões: sempre tem uma mulher na família deles para pagar o preço. Ou de cuidar dos doentes da família. Ou de resolver coisas práticas. Ou para servir de cama e mesa para o sujeito.
Vai dizer que ando agressiva com o sexo oposto. Não. Ando sem paciência mesmo. A gente já avançou muito. Conversamos com a vizinha, falamos na análise, usamos a manicure como divã ou mesmo vomitamos nas redes sociais. Eles não. Ou não postam nada ou só corpos bombados a base de Whey e testosterona, ou aquela lenga lenga de sempre.
“O cigarro não vai me fazer mal” porque o avô da pessoa morreu aos 90 anos fumando 5 maços. “Ainda dou duas sem tirar”, e a verdade é que o sujeito bebe e brocha no mesmo segundo.
Isso sem falar em trabalho. Ou foi demitido ou agora recebe por projetos e 90 dias após a conclusão do trabalho. E eu fico pensando: até quando? Será que eles acham que vai dar tudo certo mesmo?
Quando eu tento conversar sobre planilha e educação financeira é um caos. Nem dão ouvidos. Quando eu ensaio falar de sucessão familiar ou testamento vital, piorou.
Abordei o tema de contrato de namoro e deu ruim. E na hora que eu quis debater a liberação do aborto por estupro em caso de gravidez indesejada foi a gota d’água. Enfim. Não quero criar um climão, mas se os homens maduros continuarem nessa mudez, já aviso: eles serão castigados.