Os novos usos da toxina botulínica, popularmente conhecida como botox
Além de diminuir as rugas, a substância pode ajudar até no tratamento da depressão
A toxina botulínica é uma das descobertas mais interessantes dos últimos tempos porque além de embelezar, também é responsável pelo tratamento de doenças neurológicas, hiperidrose e até mesmo depressão. A substância ficou popularizada como botox, porém este na verdade é um dos nomes comerciais da neurotoxina botulínica A, sendo que existem vários outros de alta qualidade como Dysport, Prosigue, Xeomin, Botulift entre outros.
Muito antes de ser usada para o tratamento de rugas de expressão, a toxina era usada para tratar doenças neurológicas e musculares onde houvesse excesso de contração muscular, já que é um neuromodulador que neutraliza a ação da acetilcolina e consegue impedir a ação deste neuro hormônio na contração muscular.
Na dermatologia, ela ficou muito conhecida por sua aplicação estética pois inibe provisoriamente a contração de músculos que provocam as rugas de expressão. A aplicação pode ser feita na testa (frontal), entre as sobrancelhas (glabela) e na região lateral dos olhos, melhorando a expressão zangada e também os famosos pés de galinha.
A toxina deve ser aplicada no músculo desejado com agulhas delicadas, sempre respeitando o intervalo de 1 a 1,5cm de distância entre um ponto e outro. Ela começa agir cerca de 4 a 10 dias após a aplicação e dura de 2 a 6 meses dependendo da situação. Após a parada do uso da toxina, o músculo sempre volta a se movimentar.
Hiperidrose
A toxina também pode ser usada para hiperidrose que é o excesso de suor. Nesse caso, sua aplicação é mais superficial e sua ação é na glândula sudorípara que também precisa do acetilcolina para funcionar. A duração do efeito no controle do hiperidrose costuma ser de 7 a 9 meses.
Hoje a toxina botulínica também é utilizada em microdoses para melhorar poros dilatados e textura da pele. Nessa aplicação, ela é distribuída em todo rosto e melhora a aparência e textura da cútis.
Depressão
Recentemente, a substância foi utilizada num grupo de pacientes com depressão e comparada a outro grupo também com depressão que não utilizou essa substância. O grupo tratado com a toxina botulínica conseguiu diminuir a dose da medicação antidepressiva.
Quando bem indicada e aplicada por especialistas que conhecem suas características e também a anatomia facial, a toxina tem excelentes resultados na harmonização facial.
É bom lembrar que sua aplicação não deve seguir uma receita de bolo mas sim levar em conta as características próprias de cada indivíduo.
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