Fotógrafa faz retratos divertidos da mãe para ajudá-la com depressão
Fotógrafa estoniana cria série que é um tratado de amor e respeito
E já que a vida não basta, vamos de arte (viva Ferreira Gullar!). Essa senhora de olhar sério, quase severo, vestindo roupas coloridas, em cenários pouco comuns, é Eha, mãe da premiada fotógrafa Sirli Raitma (@sirliraitma).
Com sua alma de artista, Sirli percebeu que a mudança da mãe para Londres, há cerca de seis anos, depois de uma vida inteira em seu país de origem, a Estônia, poderia ser fatal. Viúva, ela quase não falava inglês e ainda sofria de epilepsia e trazia em seu histórico um derrame e crises de depressão.
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O que poderia ser um estorvo para muitas famílias, para Sirli virou uma espécie de terapia. Ela criou uma rotina de presentear a mãe e estimular Eha para que não tivesse sua vida restrita a médicos e complicações de saúde.
O clique para a série de fotos, premiada em Londres, foi um corte de cabelo que acabou virando um retrato especial, com direito a um chapéu peculiar comprado num bazar de caridade. Dali em diante, Sirli sempre chegava em casa trazendo surpresinhas pouco prováveis.
Se a mãe entendeu a estratégia logo de cara, pouco se sabe, fato é que Eha topou a brincadeira, desde o começo, e acabou virando a grande musa da filha, cujo trabalho é um belo convite ao “cuidado”.
*Para ver mais histórias com esta e acompanhar minha “curadoria de avós e avós”, acesse nataliadornellas.com.br ou @nataliadornellas, no Instagram. Ah, e se conhecer personagens que mereçam ter suas histórias contadas a plenos pulmões, me deixe saber.