Novo Mulher Maravilha quer filmagens livre de assédio
O filme será o primeiro a seguir um manual contra assédio e abuso criado em parceria com o Time's Up após os escândalos recentes
A sequência de Mulher Maravilha, prevista para estrear em novembro de 2019, será o primeiro filme a seguir o manual contra assédio elaborado em Hollywood, de acordo com informações da Vanity Fair. Desde outubro, quando estourou o caso Harvey Weinstein, assédio e abuso sexual são temas que não saem de pauta na indústria cinematográfica americana. Foi visando reduzir os casos e proteger as vítimas que a Associação de Produtores Americanos criou um guia para combater comportamentos do tipo.
O manual de recomendações, criado em parceria com o movimento Time’s Up, segue as leis estaduais e federais de assédio, prevê um treinamento contra assédio para todas as pessoas da equipe, incluindo o elenco, e oferece um sistema de denúncia.
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É impactante que tenha sido esse o filme escolhido a dar o pontapé inicial, afinal, quando estreou no ano passado, Mulher Maravilha se tornou um marco: foi a primeira protagonista mulher em um filme de super-heróis. Além disso, o produtor do filme, Brett Ratner, foi acusado de assédio por seis mulheres. O caso terminou com a atriz que interpreta a Mulher Maravilha, Gal Gadot, afirmando que não estaria na sequência se Brett permanecesse na equipe.
O caso pode representar o início de uma nova fase em Hollywood, onde mulheres se sintam mais protegidas contra assédio e mais poderosas para trazerem à tona casos em que foram vítimas.