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A parte que me cabe

Idealizadora do @namastreta, a jornalista Caroline Apple trilha o caminho da autorresponsabilidade nos relacionamentos
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O amor desequilibra. Lidem com isso!

Em busca do amor que nos preenche, é necessário aprender a conviver com todas as imperfeições e perturbações que um relacionamento pode nos proporcionar

Por Caroline Apple
16 nov 2022, 15h26

Quem assistiu Comer, Rezar e Amar deve se lembrar da fala do guru da personagem principal que está em dúvida sobre se entregar a um amor ou seguir sua caminhada interior sem maiores ‘desvios’. Diante da angústia da moça, o sábio homem diz: “Às vezes, perder o equilíbrio por amor faz parte de uma vida equilibrada.” Pois é, amor pode desequilibrar e ignorar isso é se jogar num mar de ilusão e de romantismo extremamente cruel e que nos faz viver numa eterna insatisfação.

E foi assim, desequilibrada, que me peguei recentemente. Há dois anos eu decidi profundamente me curar de uma busca, muitas vezes, inconsciente, de ter um companheiro. Paguei preços altíssimos tentando atender a vontades e desejos que destoavam com força da mulher que eu sentia ter capacidade de ser. Era uma mistura de imposições sociais, carências pessoais, projeções, expectativas… são muitas as fontes dessa busca na vida de uma mulher.

Foi então que mergulhei numa escuridão profunda do meu ser atrás de respostas para essa ânsia que era evidente ser a origem de boa parte do meu sofrimento como mulher. Afinal, até Deus duvida das coisas que fazemos em busca de um relacionamento. É cada ato de desespero e desamor, que até nossa humanidade é colocada em xeque.

E foi em meio às minhas sombras que encontrei minha base, meu porto seguro interior, uma Eldorado conquistada depois de uma longa caminhada por vales internos sombrios e frios. E quem disse que eu queria sair dela depois que a encontrei?

E assim me propus a ficar, até que em meio ao cessar da busca apareceu um amor, mas um amor que não veio só, veio manifestado por meio de outro ser, tão ‘imperfeito’ quanto qualquer pessoa, tão imperfeito quanto eu. Junto com esse sentimento poderoso veio a convivência, as diferenças, os desentendimentos. Pronto! Cadê minha Eldorado? Me peguei fora da minha base, num desequilíbrio que eu cansei de dizer para mim mesma que estava banido da minha vida. Bom, eu fiz planos e a vida riu da minha cara.

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Tentei ir embora, mas não deu. E, por ironia, foi em meio ao desequilíbrio que encontrei um amor. E mesmo em meio aos desafios de viver uma relação, só me vem à mente outra frase do filme: “A única coisa mais impossível do que ficar era partir.”

E aqui estou!

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