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Isabella Marinelli

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Como a quarentena mudou a minha relação com meu cabelo?

Ao observar meus fios crescendo sem interferências por seis meses, reatei uma conexão que eu não imaginava precisar

Por Isabella Marinelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 set 2020, 18h28 - Publicado em 20 set 2020, 15h00
 (Getty Images/CLAUDIA)
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Não sou a maior entusiasta da astrologia, mas atribuo ao meu sol em Leão minha relação com o cabelo. Tal como o felino, a juba faz parte da minha personalidade como poucos outros traços. Temos uma ligação forte desde menina. Minha mãe costumava cortá-lo bem curtinho e guardo na memória a lembrança do dia em que pedi para deixá-lo crescer. Mantive o comprimento longo por quase toda a infância e adolescência, alternando entre um repicado e uma franja, mas em geral infeliz com o volume, o frizz ou qualquer outra característica.

Meu cabelo não tem uma definição muito evidente. É ondulado em algumas partes, liso em outras. Alguns fios são bem finos; outros, espessos. Quando ele seca ao natural, fica nítido. Aprendi a usar o secador com agilidade e tiro a umidade sempre que lavo.

A insatisfação constante me fez mudar a cor algumas vezes. Passei por uma fase difícil, falando em identidade pessoal mesmo, e maltratei meus fios em busca de um tom de loiro inatingível. Quando cheguei perto de algo que gostei, vivi um sufoco de saúde e o cloro da água do hospital detonou minhas mechas. Ao tentar corrigir no salão, não deu outra… Tive um corte químico daqueles terríveis, de sair com o cabelo quase chanel.

Fiquei arrasada porque não me reconhecia no espelho. Ufa! Decidi que era hora de parar de brigar comigo mesma, tirar o que fosse necessário para acertar o corte e voltar ao meu tom natural. Eu já não era mais aquela pessoa loira e precisei desse movimento para colocar um ponto final em outro capítulo complicado da minha vida.

Há uns três anos, viramos superamigos. Encontrei um comprimento pra chamar de meu, passei a cuidar mais da saúde e menos da aparência dos fios – o que, veja só, impactou diretamente o aspecto deles. Então, em janeiro, resolvi mudar e tentar uma nuance discretamente caramelo que eu namorava fazia tempo. Amei! Aí veio a quarentena.

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Imaginei que seria uma questão de manutenção até poder colorir novamente, mas sabe que entramos num relacionamento completamente novo? Como fiquei mais longe do secador e do salão, pude entender de fato a textura natural do meu cabelo. Mais pesado por estar sem corte há um semestre, ele toma formas que hoje me agradam muito. Não tenho química; então não posso falar em transição capilar, mas diria que, depois de anos, nos reencontramos mais uma vez.

Eu cuido mais, ele cresce melhor. Deixo mais solto, e ele me mostra como o natural pode ser bonito também. Afinal de contas, ele acaba traduzindo essa travessia louca que é o autoconhecimento. Quanto mais íntima e verdadeira fica essa relação, maior a paz entre nós.

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(Getty Images/Getty Images)
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DESCOBERTAS RECENTES
Como ainda não me sinto confortável para ir ao salão, venho tratando o cabelo em casa. Sabia que o couro cabeludo precisa de cuidados de skincare? Aderi ao esfoliante para controlar a oleosidade e manter os fios soltinhos. Uso uma vez por semana o Nativa Spa Esfoliante Capilar Detox Matcha, de O Boticário (3). Recentemente, também experimentei a linha Genesis, novidade da Kérastase para quem sofre com queda. Destaco o Serum Anti-Chute Fortifiant (4) para aplicar diretamente na raiz e fortalecer as madeixas – a textura leve não deixa resíduos. Já a vivacidade da cor credito ao xampu e à máscara antioxidantes Resveratrol Vitamino Color, da L’Oréal (1), que adotei desde fevereiro. Como as pontas ficam sofridas, massageio após as lavagens ou envolvo os fios antes de dormir em Dark Oil, blend de óleos da linha clássica da Sebastian Professional (2), que acaba de ganhar xampu, máscara e hair mist.

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(Divulgação/CLAUDIA)

*A Editora Abril pode receber uma comissão pela venda dos produtos acima. A menção de cada um deles, entretanto, segue critérios editoriais. 

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