PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

Isabella Marinelli

Por Beleza Descomplicada Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A editora de beleza compartilha suas melhores descobertas, dicas e experiências.
Continua após publicidade

Não acredite em quem te diz que autocuidado é skincare

Sobre o mito de que cuidar de nós mesmas é sempre prazeroso ou envolve milhares de produtos

Por Isabella Marinelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 fev 2021, 17h09 - Publicado em 24 fev 2021, 10h00
mulher segura taça de vinho
 (CLAUDIA/Getty Images)
Continua após publicidade

Nos últimos tempos, tenho achado a palavra autocuidado um tanto quanto desgastada. Não me leve a mal, por favor. Sou uma ferrenha defensora de momentos só nossos, daqueles que a gente consegue se autoperceber, se cuidar, se amar. Mas será que tudo o que nos é colocado como autocuidado, de fato, é? Mais do que isso, será que ele não está mascarado de forma equivocada na nossa rotina?

Eu encaro como autocuidado todos os minutos que eu dedico somente a mim. Do banho ao skincare e à maquiagem todos os dias. Não é esforço, pelo contrário, tem muito prazer envolvido. São momentos em que toco meu rosto, meu cabelo e meu corpo. Olho os meus traços bem de pertinho, observo o que gosto e perdoo os pontos que ainda não consigo amar. À noite, vou me desligando do dia e permitindo que o sono chegue. Um processo muito gostoso.

Bem, então eu deito na cama e passo horas praticando o que descobri recentemente ter sido cunhado com o termo “revenge bedtime procrastination” (procrastinação de vingança em tradução livre). É simples de entender, apesar do nome difícil. São aqueles momentos em que a gente adia o sono ao máximo pra ter a sensação de que estamos fazendo algo com nosso tempo livre e por nós mesmas – tipo ver uma série ou passear no Instagram.

Ao menos para mim, isso é profundamente paradoxal e desgastante, porque me faz feliz por estar distraída, enquanto gera um sono agitado e reduz consideravelmente meu tempo de descanso. Então, eu te pergunto: cadê o meu autocuidado nesse tipo de situação?

O que quero dizer com essa provocação é que praticar o autocuidado nem sempre vai ter apelo comercial, precisar de um creme específico ou render um reels no Instagram. Às vezes, será um remédio amargo, mas que a gente precisa tomar para melhorar. Será aquele “não” dolorido à beça de ser dito. Autocuidado pode ser fazer terapia ou terminar um namoro que não está legal.

Continua após a publicidade

A gente precisa enxergar o autocuidado também num caminho difícil, sem glitter e séruns deliciosos envolvidos, mas necessário para o nosso crescimento e para uma vida mentalmente saudável. Ainda que seja uma delícia se jogar nos delírios de consumo (eu amo!), a gente não pode permitir que um momento pessoal se limite à materialidade do que se compra e do que se possui; o autocuidado precisa morar na imaterialidade dos rituais e das decisões que nos tornam felizes de dentro para fora. E eu garanto que uma mente sã e um coração feliz fazem um bem danado para a pele.

Resiliência: como se fortalecer para enfrentar os seus problemas

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.