Tapa na cara
Pensei nas mil vezes em que eu quis esbofetear a cara alheia. Hoje, dou de ombros
Se a moda pega. Depois do ocorrido, virou FlaxFlu. Tantos comentários opostos, mil divagações e um sem número de análises. A mais louca é que um determinado laboratório estava faturando com remédio contra alopécia e pasmem, tudo era combinado.
Tomei para o lado pessoal. Algo da maturidade. Pensei nas mil vezes em que eu quis esbofetear a cara alheia. Hoje dou de ombros, sou persona zen, meio medicada, fruto dos meus cabelos brancos. Já fui xingada de muita coisa pela estrada afora. Revidei muitas vezes e outras tantas engoli. E isso me fez muito mal.
Porém, estou na vibe da serenidade. Macacos me mordam e eu não quero dar nenhum ai. Não quero comprar briga alheia nem meter a colher em nenhuma celeuma. Estou para horizontes e não maremotos. Acho démodé esse lance de “ dar o troco” “ir à forra”, mas é claro que cada um sente onde lhe aperta o calo. Ficou a lição.
Gostei do ímpeto do ator. Gostei do choro, espécie de correção do incorrigível. Passou humanidade. Algo de louco, rompendo limites de um comportamento esperado, sobretudo em uma festa de gala, só com celebridades internacionais e famosas. E foi essa ira desmedida que me tocou. Ali consegui ver o fricção pré-fogo, vi o banho-maria das emoções esquentar, vi o Big Bang explodir. E gostei. Acho que entre tantas cartilhas, ser gauche é algo que apavora, alucina e revira os olhos. Um gozo, diria.