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A jornalista Ana Claudia Paixão (@anaclaudia.paixao21) fala de filmes, séries e histórias de Hollywood
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Spielberg realiza sonho ao revisitar ‘Amor, Sublime Amor’ e acerta mais uma vez

Remake vem com tudo para fazer história no Oscar

Por Ana Claudia Paixão
Atualizado em 11 dez 2021, 15h58 - Publicado em 11 dez 2021, 15h58

Ao longo de sua carreira, Steven Spielberg sempre quis fazer um musical, porém não encontrava o material certo. Quando foi anunciado que refilmaria um dos maiores clássicos de todos os tempos, “Amor, Sublime Amor, mesmo com sua credibilidade, encontrou muita suspeita sobre a escolha. Afinal, um filme vencedor de 10 Oscars, incluindo Filme, Direção, Ator e atriz coadjuvantes, fotografia, Set design, música, edição e roteiro, entre outros, dificilmente tinha espaço para uma nova versão. Filme é diferente de teatro, onde cada produção tem suas características e as performances ao vivo mudam a dinâmica. Na película, a performance é única, definitiva e eternizada.

Se tinha alguém que poderia ter essa ousadia seria Spielberg e as filmagens acabaram em 2019 (o lançamento de 2020 foi adiado em um ano, para poder esperar a abertura dos cinemas). E valeu a pena.

Nas minhas colunas em CLAUDIA falei das curiosidades e bastidores do filme original, do brilhantismo dos três gênios reunidos no auge de seus talentos: Leonard Bernstein, Jerome Robbins e Stephen Sondheim. A história, uma atualização de Romeu e Julieta” levou a guerra das gangues de Upper West Side para os palcos. São tantos os clássicos que é quase impossível listá-los, de “Somewhere” a “Tonight”, ou “Something’s Coming”, “Maria” e “I Feel Pretty”a atualidade de “América”, é um desafio não virar um sing-along.

Spielberg chama a refilmagem de revisitação e isso é coerente. Há mais diálogos, um elenco com idade mais adequada aos papéis e arranjos sensacionais de Gustavo Dudamel. É, o que chamava, um filmaço. Há ritmo, há sensibilidade, há contextualização e as pequenas adaptações ficaram perfeitas. Uma delas foi a de trazer Rita Moreno de volta à produção. Agora ela é Valentina, a viúva do Doc, o farmacêutico gente boa do filme original e é ela, não mais Maria, que canta a importante “Somewhere”.

Rita também é a produtora executiva do longa. “Ela tem uma perspectiva completamente única, que une as gerações entre os filmes e cria uma conexão viva entre o primeiro filme e o nosso”, celebra Spielberg que confessou também que a ideia de incluir a vendedora do Oscar veio do roteirista, Tony Kushner. “Tony me ligou logo no início e disse que seu marido, Mark, havia tido uma grande ideia: ‘O que você acharia se o Doc morresse? Ainda teríamos a Farmácia do Doc, com sua viúva como proprietária, e chamaríamos a Rita Moreno para interpretá-la’”, lembrou Spielberg.

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A história de Valentina – uma imigrante latina que se casou com um americano – é um paralelo importante para o romance entre Tony e Maria, e uma esperança para o jovem casal de encontrar a felicidade. Tony Kushner disse que criou história do passado de Valentina em 25 páginas. “É como um pequeno romance, começando com o início de sua vida em Porto Rico até quando Tony passou a morar no porão da drogaria dela”, explicou. “A história abrange a primeira metade do século 20. Enquanto escrevia, eu imaginava que estava assistindo uma minissérie épica estrelada por Rita Moreno”, revelou.

Todo o elenco atual está afinado e perfeito. Ansel Elgort como Tony e a novata Rachel Zegler como Maria tem química (e voz!), assim como Ariana deBose como Anita e David Alvarez como Bernardo. Riff também ganhou maior dimensão na pele de Mike Faist. O racismo e intolerância, que na história de amor ficavam como pano de fundo, ganha maior peso na versão atual e é essencial para criar a emoção de um amor impossível. Há uma falha, que seria quase um desafio, que é a legendagem e tradução, os mais puristas se queixaram das expressões atuais que “assassinam” a poesia de Sondheim, mas ainda assim não fere.

“Amor, Sublime Amor” vem com tudo para fazer história no Oscar, com novas indicações de Filme, Direção, Fotografia e Roteiro, 60 anos depois. Tem chance e a minha torcida. É o filmão clássico de Oscar, uma obra prima que ficou ainda mais linda nas lentes de Spielberg. Amei! Um super presente de Natal.

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