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Ana Claudia Paixão

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A jornalista Ana Claudia Paixão (@anaclaudia.paixao21) fala de filmes, séries e histórias de Hollywood

Carrie Coon: conheça a atriz favorita ao Emmy de 2025

De Bertha Russell à nova musa de 'The White Lotus', a atriz que já foi cult agora é unanimidade e deve consagrar-se com o prêmio mais importante da carreira

Por Ana Claudia Paixão
18 ago 2025, 16h08
Imagem de Carrie Coon.
A atriz se tornou favorita ao Emmy por suas performances surpreendentes.  (Divulgação/Divulgação)
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Carrie Coon nunca esteve tão em evidência como em 2025. Embora seja, há mais de uma década, uma das atrizes mais respeitadas da televisão norte-americana, este ano marca um ponto de virada: ela não apenas protagoniza duas das séries mais populares e comentadas da temporada — The White Lotus e The Gilded Age, as duas da HBO Max — como se tornou favorita absoluta ao Emmy por sua performance devastadora no último episódio da sátira criada por Mike White.

E, ao mesmo tempo, reafirma em The Gilded Age o talento de sustentar uma personagem que polariza o público como poucas: Bertha Russell, a magnata que desafia e redefine os limites da alta sociedade nova-iorquina. Muitos apostam que sua atuação na terceira temporada da série de época assinada por Julian Fellowes (Downton Abbey) vai coloca-la entre as favoritas para o Emmy de 2026 também (já explico porque tão longe).

O monólogo que vai render o Emmy

Com tanto conteúdo bom até o momento, pode ser que alguns tenham esquecido, mas na terceira temporada de The White Lotus, filmada na Tailândia, Carrie Coon entrega um monólogo no episódio final que já entrou para a história da televisão recente.

É um momento em que sua personagem, até então envolta em segredos, mágoas e tensões familiares, se despe de qualquer artifício e deixa vir à tona uma catarse emocional raramente vista em um drama satírico.

Imagem de Carrie Coon.
(Divulgação/Divulgação)

O tom é ao mesmo tempo íntimo e explosivo, comovente e desconfortável — e é justamente essa mistura de contradições que transforma a cena em algo arrebatador. Críticos apontam que poucas atrizes conseguiriam sustentar tamanha intensidade sem soar artificial, mas Carrie Coon consegue: há verdade, dor e lucidez em cada frase.

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É esta cena que a coloca como favorita ao Emmy 2025 — e que simboliza um reconhecimento há muito aguardado para uma atriz que sempre esteve entre as mais admiradas da crítica, mas até então raramente ocupava o centro da cultura pop.

A Senhora da Quinta Avenida

Enquanto isso, em The Gilded Age, Carrie veste outra pele — tão poderosa quanto controversa. Como Bertha Russell, a mulher que constrói seu lugar na aristocracia novaiorquina a ferro e fogo, a atriz dá corpo a uma figura que divide os fãs. Para uns, ela é a antagonista perfeita, uma arrivista disposta a qualquer manobra para vencer as barreiras da velha elite. Para outros, é a verdadeira heroína da série, a única personagem que se recusa a se curvar ao conservadorismo hipócrita da época.

Imagem de Carrie Coon.
(Divulgação/Divulgação)

Carrie Coon, por sua vez, não tem dúvidas: ela defende Bertha até o fim, mesmo diante de decisões que beiram a manipulação ou a crueldade. “Ela é pragmática, visionária, implacável porque precisa ser”, costuma dizer em entrevistas. O fato é que Bertha Russell tornou-se uma das personagens mais fascinantes da TV contemporânea justamente por essa ambiguidade — e por ser interpretada por uma atriz capaz de dar profundidade e carisma a cada gesto calculado.

E, assim como White Lotus, a cena final da temporada de The Gilded Age está toda nos ombros da atriz que navega por vários sentimentos com poucas palavras: indignação, desespero, decepção, felicidade e frustração, encerrando a série com um close-up seu chorando. Sim, já virou meme, mas é espetacular.

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Entre dois mundos: da Tailândia ao século XIX

Poucos sabem, mas a agenda de Carrie Coon em 2024/2025 foi uma verdadeira maratona. Ela encerrou as filmagens de The White Lotus na Tailândia e, literalmente no dia seguinte, já estava em Nova York para encarnar novamente Bertha Russell em cenários do século 19. A atriz brinca que precisou “fugir do sol” tropical para mergulhar imediatamente na sobriedade das salas e salões dourados de The Gilded Age.

Imagem de Carrie Coon.
(Divulgação/Divulgação)

A transição entre os dois universos — um paraíso contemporâneo cheio de fissuras e um retrato luxuoso da aristocracia americana — mostra não apenas sua versatilidade, mas também sua dedicação quase física à profissão.

De cult a mainstream

Carrie Coon não surgiu agora. Formada em teatro, destacou-se primeiro nos palcos de Chicago, depois conquistou reconhecimento internacional em séries como The Leftovers (HBO), onde sua atuação como Nora Durst lhe rendeu status de atriz cult.

Veio ainda Fargo, a minissérie em que foi elogiada pela crítica, e participações marcantes no cinema, como Garota Exemplar de David Fincher. Isso mesmo, alguém lembra que ela era a irmã de Ben Affleck no filme? Sempre em papéis complexos, de mulheres multifacetadas, inteligentes, cheias de feridas e força.

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Imagem de Carrie Coon.
(Divulgação/Divulgação)

Mas se até então Carrie era celebrada em círculos mais restritos, 2025 é o ano em que seu talento transborda para o mainstream. Estar no centro das duas séries mais comentadas da HBO e despontar como favorita ao prêmio máximo da TV significa algo mais: é a consagração de uma atriz que já não precisa provar nada, mas que agora ganha o reconhecimento massivo que merece.

Duas Mulheres, Duas Faces da Força

Comparar suas duas atuações atuais é um exercício revelador. Em The White Lotus, Carrie Coon oferece uma fragilidade quase dolorosa, uma explosão de humanidade que desmonta a máscara social de sua personagem. Já em The Gilded Age, ela veste a máscara com convicção, mostrando como o poder pode ser uma armadura e também uma prisão. Uma performance é visceral, a outra é calculada — ambas são brilhantes.

É justamente nessa dicotomia que se enxerga a essência de Carrie Coon: a capacidade de habitar extremos, de transitar entre vulnerabilidade e poder absoluto, sempre com uma entrega que não admite meios-tons.

O reconhecimento tardio, mas justo

Imagem de Carrie Coon.
(Divulgação/Divulgação)
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O prêmio que se desenha em 2025 não é apenas uma estatueta dourada. É a celebração de uma carreira que há anos vem colecionando papéis inesquecíveis, mas que até agora permanecia subestimada pelo grande público.

Ao reconhecer Carrie Coon, a indústria também reconhece uma linhagem de atrizes que transformam cada trabalho em arte, que se recusam a caber em estereótipos e que desafiam roteiristas e diretores a escrever personagens à altura de seu talento.

Carrie Coon já era gigante. 2025 apenas confirmou o que a crítica dizia desde The Leftovers: estamos diante de uma das grandes atrizes da nossa era. E estou na torcida por ela no Emmy 2025, em setembro.

Sobre o fato de só estar concorrendo por The White Lotus é porque o calendário do Emmy só deixa que séries exibidas entre maio a junho entrem no ano, por isso The Gilded Age, que foi ao ar de junho a agosto de 2025 já é candidata imediata para 2026.

Seja pelo desabafo devastador em The White Lotus ou pela frieza calculada de Bertha Russell em The Gilded Age, Carrie Coon provou que domina todos os registros. O Emmy pode ser apenas um prêmio, mas em 2025 ela já venceu — na crítica, no público e na história da TV. O Emmy será só a coroação.

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