Visita Guiada: estampas e objetos artesanais dão vida a este apê no Leblon
Cores, estampas e objetos artesanais se juntam para dar vida a este apartamento no Leblon, Rio de Janeiro, que tem jeito de casinha suspensa e vista para a copa de uma amendoeira centenária
Quando a porta do apartamento de Sandra e Marcus Gasparian se abre, a sensação é de entrar numa casinha suspensa. A varanda, larga e confortável, fica totalmente voltada para a copa da amendoeira da calçada em frente, e as esquadrias de madeira, sugeridas pela arquiteta Renata Bartolomeu, autora do projeto de reforma, reforçam a atmosfera de aconchego.
Por todos os lados, móveis de família preenchem os ambientes e se misturam a objetos novos e antigos, sempre cheios de personalidade. “Nossa história está exposta na composição dos quadros, no couro gasto do sofá, na tela de galinheiro aplicada no guarda-corpo da escada e no armário da cozinha. Tudo isso tem muito a ver conosco”, diz Sandra. Ela, estilista, e Marcus, empresário e dono da livraria Argumento, fizeram questão de partici- par de cada etapa do décor. “No living, unimos o ambiente da TV ao estar e fizemos uma abertura com balcão para a cozinha. Essa integração torna o espaço mais amplo e iluminado, perfeito para receber de um jeito descontraído os amigos do casal. Festas não faltam por aqui”, explica a arquiteta.
Com uma configuração bastante original, o apartamento se separa em dois pisos. No nível da entrada, ficam living, cozinha, varanda e suíte do casal. Uma escada de estrutura metálica leva ao andar de baixo, onde estão os quartos dos filhos, Francisca, 6 anos, e Antonio, 10. “Nesse prédio, cada unidade tem uma planta diferente, o que torna o espaço mais bem dividido e personalizado”, explica a arquiteta. Resolvida a distribuição dos ambientes, ela apostou em toques rústicos para que a decoração também ganhasse a cara dos moradores. Um deles é a parede tingida com textura cimentada. Sandra, que adora misturar estilos no décor, aproveitou esse fundo manchado para pendurar quadros de diferentes épocas, com traços dos mais variados, que fazem uma composição divertida e sem preconceitos. “Tem de tudo nas minhas paredes: desde obras valiosas até penduricalhos que eu mesma invento e coleciono”, conta ela. “Não vemos nenhum problema em conviver com ferro descascado, couro desbotado e imperfeições nos materiais. O importante era montar uma casa com jeito de bem-vivida e usada, com as marcas do tempo à vista”, afirma.