Cores, sala com home office e cozinha integrada em apartamento de 121 m²
De atmosfera despojada e leve, a decoração conta com objetos de valor afetivo que deixam os ambientes ainda mais aconchegantes
O casal Eduardo Regazzi Gerk e Eduardo Viegas conseguiu enxergar o potencial deste apartamento antigo de 121 m², que estava bastante deteriorado, para ser o seu novo lar. Localizado em Copacabana, o imóvel passou por uma reforma completa, comandada pela arquiteta Marina Vilaça, do escritório MBV Arquitetura. “Quando eu visitei o lugar, logo imaginei que aquela grande sala poderia ser um local para tomar sol de manhã, observar a mata e o céu pela janela, deitar no sofá de várias formas ou até mesmo praticar exercícios, relaxar na rede e trabalhar”, lembra ela.
O apartamento estava escuro, sem manutenção e nunca tinha passado por uma reforma. Então, o objetivo do projeto foi aumentar a entrada de luz natural, otimizar a circulação e alterar a planta original para criar sensação de amplitude, deixando os ambientes com um astral jovem, colorido e, ao mesmo tempo, aconchegante, refletindo assim a personalidade dos novos proprietários. “Mas o pedido principal deles foi um closet grande”, ressalta a arquiteta. “Eles queriam tons sóbrios, sofisticação, iluminação eficiente e muito espaço para acomodar, de forma organizada, uma grande quantidade de roupas e sapatos”, acrescenta.
Originalmente, a planta era bastante compartimentada, com três quartos e uma sala espaçosa. Ao invés de “roubar” uma parte da sala para criar o tão sonhado closet, Marina transformou um dos quartos para abrigar as roupas do casal e uniu dois banheiros para, junto com o dormitório, criar uma suíte master completa, separada da parte social por uma porta de correr. A marcenaria que havia no corredor da sala foi demolida, abrindo espaço para construir um novo banheiro. Já a área de serviço foi incorporada à cozinha para deixá-la maior. “Eliminamos tudo o que estava sobrando de alvenaria para fazer o imóvel parecer mais amplo e melhor iluminado, deixando as vigas e os pilares de concreto bruto aparentes na sala”, conta ela.
O projeto aposta no conceito aberto, com ambientes integrados e decoração despojada, de alma carioca, pontuada por elementos com visual antiguinho, como adornos, armários e as divisórias de vidro canelado da cozinha, além das cerâmicas em formato 20 x 20 cm do banheiro. Um dos destaques do décor é um cofre antigo que estava escondido em um armário, encontrado durante a obra. Nas áreas social e íntima foi aplicado um piso vinílico com paginação em espinha-de-peixe. “Eles queriam um piso que tivesse aspecto de madeira para ‘aquecer” os ambientes, que fosse de fácil limpeza e bastante resistente”, justifica a arquiteta.
Marina conta, ainda, que a paleta de cores foi definida bem no início do projeto. Como, em visita ao apartamento anterior do casal, a arquiteta viu muitos elementos decorativos em tons de terracota e verde, ela quis replicar essa preferência deles no novo endereço.
“O verde remete à tranquilidade e o tom terracota evoca alegria, calor e energia positiva, ou seja, justamente o que buscávamos. Foi a partir daí que imaginei a cozinha verde e a sala num tom luminoso de terracota, e depois complementei com azul e rosa”, explica ela, que repetiu a mesma paleta cromática nos banheiros e nos quartos para criar uma unidade visual em todo o apartamento. “O quarto de casal tem a base mais neutra para que os clientes tivessem total liberdade de brincar com cores na composição da roupa de cama”, conclui.