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Plataforma digital ajuda empresas a combater o assédio no escritório

A SafeSpace elimina a rigidez do ambiente em que a denúncia é feita e estimula espaços mais acolhedores

Por Rafaela Frankenthal
18 ago 2020, 13h30
 (Helena Sbeghen/CLAUDIA)
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Quantas vezes uma amiga ou colega já confidenciou a você uma situação de assédio sexual no trabalho? E quantas vezes o assunto já foi discutido na empresa onde você trabalha? Provavelmente, os números das respostas anteriores não estão coincidindo – podem, ainda, ser bem distantes um do outro. Você sabe como e para quem relatar caso queira fazer isso? Confia nos processos de investigação e resolução da sua empresa?

Podemos até ousar afirmar que grande parte da população entende que o problema de assédio sexual em corporações existe. Mas nem todo mundo enxerga a verdadeira dimensão dele. Embora haja algum reconhecimento legal e social de casos mais graves, comportamentos abusivos menos explícitos, como piadas de cunho sexual e insinuações, ainda são frequentemente interpretados como parte de uma relação profissional normal. Isso é reflexo de princípios patriarcais que determinam uma hierarquia não só de gênero mas também de raça, classe, orientação sexual, entre outras características, no ambiente corporativo. Para combater esse mal, é preciso desconstruir a ideia de que essa estrutura é natural e aceitável.

Movimentos como #MeToo e #BlackLivesMatter aumentaram o alcance de causas e fizeram muitas pessoas refletir sobre condutas no trabalho. Alguns grupos passaram a exigir revisões também das empresas. Pressionadas, as corporações já instituíram algumas mudanças – mas elas precisam ser implementadas mais rapidamente e em uma escala maior. É urgente que líderes reconheçam que nenhum ambiente profissional está imune a casos de assédio sexual e que não dá mais para fugir da responsabilidade de encarar a questão.

Estima-se que apenas 12% dos casos de assédio sexual no trabalho são relatados*. Provavelmente, a maioria das mulheres que estão lendo esta coluna já viveu ou testemunhou uma ocorrência, mas quase nenhuma se manifestou. Isso nos mostra que o impasse persiste e, em parte, é porque os processos e as ferramentas que teoricamente existem para resolvê-lo não estão funcionando. Faltam intenção, informação, segurança e transparência. Falta clareza para as vítimas saberem como e onde denunciar e acreditarem que estarão protegidas durante o processo.

Sabemos que assediadores costumam testar os limites da sua impunidade começando com comentários e piadas ofensivas. Sabemos também que uma pessoa tem maior probabilidade de relatar um caso de assédio se tiver conhecimento de que ela não é a única ou a primeira a fazer a acusação. E, por fim, sabemos que, mesmo munidas com as melhores intenções, as empresas raramente conseguem identificar esses padrões de mau comportamento cedo e solucionar os casos internamente. Foi com base nessas percepções e com a crença de que a tecnologia poderia ser uma grande aliada nessa luta que criamos a SafeSpace, plataforma que permite às corporações resolver a questão de dentro para fora. Ao eliminar a rigidez do ambiente em que a denúncia é feita, o ato passa a ter mais a ver com compartilhar experiências e questionamentos no dia a dia e menos com intimidação e vergonha. Dessa maneira, as companhias vão ser estimuladas constantemente a tomar medidas proativas e positivas para criar espaços mais inclusivos e acolhedores. Não temos dúvida de que é um problema gigante, sistêmico. Mas acreditamos que é possível desconstruí-lo e enfrentá-lo, passo a passo. A sua organização já deu o primeiro? Se não, saiba que é fundamental começar e que já existem soluções tecnológicas para colaborar com essa iniciativa.

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Rafaela Frankenthal
(Divulgação/CLAUDIA)

 

 

 

 

Rafaela Frankenthal é cofundadora da SafeSpace (safe.space) e mestra em estudos de gênero, sociedade e representação pela University College London

*Pesquisa feita pelo site Vagas.com com mais de 5 mil profissionais de todas as regiões do país

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