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Linguagem corporal: use os gestos a seu favor em uma entrevista de emprego

Podemos nem perceber, mas nosso corpo pode dizer muito sobre nossas emoções: felicidade, insegurança, medo, ansiedade... Saiba como demonstrar confiança na busca por um trabalho

Por Gabriela Kimura
Atualizado em 22 jan 2020, 01h06 - Publicado em 26 mar 2015, 07h00
Thinkstock/Getty Images (/)
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Chegar bem informado, saber o que falar, usar a roupa certa. Tudo isso é muito importante na hora de uma entrevista de emprego, mas a linguagem corporal, ou seja, os movimentos do seu corpo, também podem ajudar a definir se a vaga será sua ou não. “Através dela você pode demonstrar confiança e interesse pela empresa em que quer trabalhar”, diz Luiz Eduardo Gasparetto, professor de recursos humanos da Unifae.

Alguns pontos que podem parecer pequenos – mas são muito importantes – ajudam a passar a sensação de segurança, como explica o especialista em desenvolvimento humano e linguagem corporal, Eduardo Shinyashiki: “Quando a pessoa fala usando um tom de voz baixo, quase como se não pudesse ser compreendida ou fala acelerado demais, como se quisesse falar muito em pouco tempo, isso denota insegurança”.

Seja em uma entrevista de emprego ou mesmo no dia a dia do trabalho, o nosso corpo é responsável por transmitir nossos sentimentos e emoções. “A nossa comunicação é silenciosa, de uma fração de milésimos de segundos. Existe uma associação inconsciente com uma experiência emocional”, ensina Eduardo. Por isso, todo cuidado é pouco! Confira as dicas do especialista para arrasar na entrevista:

Respire!

Parece besteira, mas a respiração relaxa e faz com que você se sinta mais confiante. “Quando ficamos nervosos, normalmente, começamos a respirar pouco, de uma maneira bem curta e rápida, o que nos induz ao estado de medo, angústia, além da transpiração.”

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Foco no resultado

“Antes de uma entrevista, crie uma visualização: permita se ver de uma maneira segura, passando por todos os estados de ânimo para o entrevistador enquanto espera para entrar na sala. Isso mantém o foco no resultado desejado. Os ombros ficam para cima, o peito fica naturalmente para fora”, demonstra Eduardo.

Não queira abraçar o mundo

Quando se quer muito algo, é natural criar grandes expectativas e querer mostrar todo seu potencial de uma vez. Mas uma única conversa nunca vai ter espaço suficiente para você contar toda a sua trajetória. Então, seja direta e responda o que for perguntado da maneira mais sucinta.

Tente acompanhar o entrevistador

Conforme a conversa for rolando, preste atenção nos movimentos que o(a) seu(sua) futuro(a) chefe tem: as mãos, os olhos, o tom de voz… “Quando você acompanha o gestual da pessoa que a está entrevistando, entrando no mesmo ritmo da respiração, do movimento do corpo, assim se estabelece uma relação de igual. Quanto mais a pessoa estiver ‘desarmada’, mais ela passa um movimento de transparência, de confiança, de transmitir confiabilidade.”

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Pense positivo

É simples, mas faz toda diferença: ao invés de ficar pensando que você vai engasgar, gaguejar, tropeçar e outros deslizes, imagine você entrando na sala confiante, respondendo as perguntas e tendo uma conversa agradável com o entrevistador. Sabe por quê? O seu empregador percebe quando a sua atitude segura: “A linguagem corporal da pessoa fica com os ombros caídos, como se carregasse um fardo nas costas, o peito cai para dentro, os lábios ficam para baixo e os olhos também: a imagem fica parecida com a de quem carrega um saco de batatas. E ela pode passar a imagem de quem vai ser um problema ao invés de uma solução”, elucida o especialista Eduardo Shinyashiki.

9 sinais de insegurança

Fique atenta para não se deixar entregar por alguns movimentos característicos da ansiedade:

  • Esfregar as mãos enquanto fala;
  • Falar com as mãos na frente da boca;
  • Cruzar os braços ou as pernas;
  • Mexer nervosamente nas mãos;
  • Olhos arredondados (levemente arregalados) quando conta uma mentira;
  • Piscar demais;
  • Tom de voz baixo;
  • Ficar balançando na cadeira ou “jogada”;
  • Olhar cabisbaixo;

Invista no desenvolvimento pessoal

Não só as suas competências técnicas e experiências profissionais são importantes para conquistar um emprego. Saber se posicionar, trabalhar em equipe e ter autoconfiança fazem muita diferença no currículo. “As empresas estão procurando alguém que tenha a competência técnica e a pessoal, para que ela seja uma solução para a equipe. Tanto a timidez quanto a insegurança podem impedir que essa pessoa se desenvolva no trabalho. Fazer um curso de teatro ou de dança de salão, por exemplo, faz com que você tenha mais confiança, mesmo em um contexto diferente, se desinibindo. Assim, você vai naturalmente se abrindo e ocupando o seu espaço.”

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*Com reportagem de Raquel Maldonado

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