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Como terminar um relacionamento de forma responsável

Apesar de todo término ser doloroso, a experiência não precisa ser um mar de angústias e mágoas

Por Kalel Adolfo
16 jul 2023, 11h54
Psicóloga indica cinco passos para terminar um relacionamento de um jeito leve.
Jogos emocionais e demonstração de desinteresse apenas tornam o término maus traumático para ambas as partes.  (Jamie Grill (Getty)/Reprodução)
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Todo término de relacionamento é difícil — temos completa noção disso. Porém, não é porque o rompimento é desafiador que precisa ser completamente traumático, não é mesmo? Esteja você em um relacionamento sério ou casual, há formas de comunicar a parceria sobre o fim sem recorrer a jogos ou chantagens emocionais. Pensando nisso, a psicóloga humanista Paloma Gomes traz cinco passos para terminar um relacionamento sem destruir o emocional de ninguém (inclusive o seu). Confira:

Término saudável existe sim!

Por mais que muitos discordem, a psicóloga garante que o término saudável existe: “Claro, romper nunca será fácil, mesmo que o vínculo seja ruim. Finalizar ciclos não é uma experiência agradável. Mas, tirando os casos de relacionamentos abusivos, ou aquelas dinâmicas que terminam por traição ou mágoas profundas, há finais amigáveis em que ambas as partes conseguem seguir em frente em paz”, aponta. Sem mais delongas, vamos às dicas!

1. Tenha responsabilidade afetiva (inclusive com você)

Paloma explica que muito se fala sobre responsabilidade afetiva com o próximo, e pouco acerca da responsabilidade consigo. “Precisamos ser honestas com nós mesmas e aceitar quando não queremos mais estar ali. Meu conselho para isso é: nada de fazer joguinhos emocionais, aqueles feitos para a pessoa terminar contigo e não você com ela. A transparência é o melhor caminho, sempre”, declara.

2. Não termine de forma inesperada

Em sua experiência com os atendimentos clínicos, Paloma revela que os términos mais traumáticos são aqueles que acontecem “do nada”, quando a pessoa que tomou o pé não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo. Portanto, para não chegar a esse ponto, mantenha sempre um diálogo verdadeiro.

“Quando terminamos e já nos envolvemos com outro alguém, a ex-parceria fica com a sensação de que não era o suficiente ou que o outro já a traía há tempos. Também há casos em que uma das partes faz planos, como viagens, e o próximo continua concordando mesmo já pensando em terminar. Não faça isso”, aconselha.

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3. Deixe os seus objetivos claros desde o início

No caso de relacionamentos casuais (em que não queremos ter nada sério), a psicóloga recomenda deixar acordado desde o início sobre o caráter da dinâmica. “Compartilhe que não pretende transformar aquilo num namoro ou algo a mais. Ao deixar as suas intenções transparentes, é muito mais tranquilo terminar quando o romance não fizer mais sentido em sua vida”, diz.

4. Tente não mergulhar na culpa

Quase ninguém gosta de deixar o outro desapontado, claro. Todavia, Paloma afirma que isso não significa que não devemos fazer o que é melhor para nós. “Você está apenas escolhendo o caminho que considera ideal. Muitas vezes queremos nos livrar dessa culpa, não querendo ser a pessoa que termina. Para isso, deixamos a relação de lado, demonstrando desinteresse na esperança de que a pessoa tome uma atitude. Sendo bem honesta, isso não funciona para cessar a culpa. Ser honesto consigo e com as suas escolhas é que te trará alívio”, esclarece.

5. Trabalhe a sua autoestima e autoconhecimento

Não é incomum que nos mantenhamos em relações insatisfatórias por acreditarmos que ficaremos sozinhas para sempre (ou nunca mais encontraremos alguém especial). Para não cair nessa cilada, Paloma faz um alerta: “Trabalhe a sua autoestima, autoconfiança e, principalmente, o autoconhecimento. Quando não desenvolvemos essas características, tendemos a criar um vínculo de dependência emocional nocivo, que nos leva a crer que tudo em nossas vidas dará errado sem a pessoa. É como se as coisas não estivessem nem boas nem péssimas, e por isso, nos acomodamos.”

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Ela conclui apontando que, à medida em que fortalecemos o autoconhecimento, nos enxergamos com mais liberdade e autonomia: “Com isso, conseguimos terminar uma relação de um jeito muito mais saudável, colocando para o outro o que realmente desejamos.”

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